Conferência em Joanesburgo discute espécies em extinção
Angola participa apartir de sábado até 5 de Outubro próximo, na África do Sul, na 17ª conferência de partes sobre comércio internacional das espécies da flora e da fauna selvagens em perigo de extinção, informou ontem, em Luanda, a secretária de Estado do Ambiente para a Biodiversidade e Áreas de Conservação, Paula Coelho.
Em declarações à Angop, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, Paula Coelho disse que Angola leva para a convenção temas como a defesa das espécies emblemáticas, como o elefante, palanca negra gigante e o papagaio. No evento, a delegação angolana vai defender questões migratórias dos elefantes.
De acordo com Paula Coelho, há “grande expectativa em torno da nossa apresentação”, uma vez que o país albergou recentemente as comemorações do Dia Mundial do Ambiente, que pôs fim à venda de marfim no mercado do artesanato, entre outras acções.
“O país tem uma posição comum, que foi amplamente debatida no âmbito do Despacho Presidencial da comissão que cria o grupo técnico sobre os crimes ambientais e relacionados com a fauna selvagem”, revelou. A 17ª conferência reúne os ministros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), responsáveis pelos recursos naturais, e é antecedida de um encontro de peritos, que aconteceu ontem.
Recentemente, em declarações à Rádio ONU, o director do Instituto de Biodiversidade e Áreas de Conservação em Angola disse, em Luanda, que as autoridades apostam numa acção com as comunidades para controlar e gerir a fauna e a flora.
Abias Wongo disse em Junho, durante um reportagem da Rádio ONU, realizada em Luanda e quarta divulgada, que as prioridades para conservar a biodiversidade incluem o envolvimento de cidadãos locais, acções para aumentar a consciência das populações e a administração dessas áreas.
“O emprego vai aparecer quando valorizarmos o capital natural que ele (o cidadão) tem ao lado e, ao mesmo tempo, travarmos a questão da migração do campo para a cidade", disse Abias Wongo, acrescentando, "são algumas abordagens que temos ensaiado e estamos com boas perspectivas”.