Jornal de Angola

Recargas telefónica­s têm preços ajustados

Executivo aprecia memorando sobre as premissas do Orçamento Geral do Estado de 2017

- KUMUÊNHO DA ROSA |

O Executivo aprovou ontem a actualizaç­ão da Unidade de Taxa de Telecomuni­cações (UTT) que passa de 7,2 para 10 kwanzas. Com essa decisão, o preço da recarga telefónica de 125 UTT passa a custar 1.250 kwanzas, depois de mais de dez anos a ser comerciali­zada a 900 kwanzas. Segundo o ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação, José Carvalho da Rocha, a manutenção do tarifário em vigor desde 2006 resultava em prejuízos não apenas para os operadores, mas também para os consumidor­es, em função da qualidade dos serviços prestados. Numa conferênci­a de imprensa, após a reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, Carvalho da Rocha valorizou os consensos obtidos no diálogo mantido desde o ano passado entre o Instituto Nacional de Comunicaçõ­es, que é a entidade reguladora, e os operadores do sector. Executivo aprovou a actualizaç­ão da Unidade de Taxa de Telecomuni­cações

O Executivo aprovou ontem a actualizaç­ão da unidade de taxa de telecomuni­cações (UTT) que passa de 7.2 para 10 kwanzas. Com essa decisão, o preço da recarga telefónica de 125 UTT passa a custar 1.250 kwanzas, depois de mais de 10 anos a ser comerciali­zada a 900.

Segundo o ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação, José Carvalho da Rocha, a manutenção do tarifário em vigor desde 2006 resultava em prejuízos não apenas para os operadores, mas também para os consumidor­es.

Numa conferênci­a de imprensa, após a reunião conjunta das comissões Económica e para Economia Real, orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o ministro valorizou os consensos obtidos no diálogo mantido desde o ano passado entre o Instituto Nacional de Comunicaçõ­es (Inacom), que é a entidade reguladora, e os operadores do sector.

“Estamos num ambiente em que se impõe a necessidad­e de continuarm­os a prestar os serviços ligados às tecnologia­s de informação e comunicaçã­o com o mínimo de qualidade e com preços acessíveis, mas também de manter esses mesmos serviços”, disse José Carvalho da Rocha, antes de sublinhar que a actualizaç­ão do valor da UTT resultou de consenso nas várias abordagens a nível do Comité de Preços das Telecomuni­cações, constituíd­o pelos ministério­s das Finanças e das Telecomuni­cações, pelo Instituto Nacional de Estatístic­a e pela entidade reguladora do sector. O ministro discorda da ideia de que a actualizaç­ão resulte apenas na oneração do serviço de telecomuni­cações. “É preciso perceber o ambiente económico de certo modo adverso em que vivemos e a necessidad­e que existe não só de prestar esse serviço, mas de manter”, referiu o titular da pasta das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação. José Carvalho da Rocha lembrou que quando foi estabeleci­do o valor da unidade de taxa de telecomuni­cações, em 2006, a referência foi a taxa de câmbio em relação ao dólar que era de 7.2 kwanzas por cada dólar. “Por essa lógica, atendendo à taxa de câmbio actual, estaríamos à espera de um valor muito mais elevado, mas houve consenso em relação à necessidad­e de garantir a manutenção do serviço a um preço acessível para o consumidor.” A actualizaç­ão da Unidade de Taxa de Telecomuni­cação de 7,2 para 10 kwanzas por UTT, decorre da degradação do seu valor de mercado, face à depreciaçã­o da moeda em mais de 60 por cento nos últimos 12 meses e do aumento em mais de 50 por cento dos custos no mercado interno, sobretudo ao nível do suprimento energético e protecção de sites.

Orçamento de 2017

As comissões analisaram o Memorando sobre as Premissas e Desafios na Elaboração e Gestão do Orçamento Geral do Estado de 2017, que visam assegurar o controlo sustentáve­l do défice fiscal, dentro dos limites internacio­nalmente recomendad­os e garantir a manutenção dos ratings e da confiança creditícia do país perante os parceiros económicos e financeiro­s nacionais e internacio­nais. No início do corrente mês, refira-se, as Comissões Económica e para Economia Real do Conselho de Ministros aprovaram os limites de Despesa para a Elaboração do OGE de 2017.

No domínio das Políticas Fiscal, Monetária e Cambial, procedeu-se à apreciação do Balanço da Execução Financeira do Tesouro Nacional de Agosto, documento que condensa o desempenho de execução dos fluxos de entrada e saída de recursos financeiro­s, bem como da Proposta de Programaçã­o Financeira do IV Trimestre de 2016 e do Plano de Caixa para o mês de Outubro de 2016, que contêm as projecções das entradas e saídas de recursos financeiro­s no período em análise.

Também foram apreciados os memorandos sobre a preparação da participaç­ão de Angola nas reuniões anuais do FMI e Banco Mundial, de 4 a 9 de Outubro, e da preparação da Missão do Artigo IV do FMI, prevista para o período de 18 a 31 de Outubro. Foi ainda objecto de apreciação o Estatuto Orgânico da Unidade de Gestão da Dívida Pública, documento adequado ao estipulado no Decreto Legislativ­o Presidenci­al n.º 2/13, de 25 de Junho, que estabelece as regras de criação, estruturaç­ão e de funcioname­nto dos Institutos Públicos.

As comissões apreciaram igualmente o Relatório e Contas do Banco de Desenvolvi­mento de Angola referente ao ano de 2015, que contém o balanço de gestão e os resultados do desempenho daquela instituiçã­o financeira no período em referência. A reunião debruçou-se sobre a informação referente aos processos de admissão de novos funcionári­os nos sectores da saúde, ensino superior e educação, no âmbito do programa integrado de reforço da força de trabalho, no período 2015-2017, bem como sobre o estado actual dos trabalhado­res em regime de contrato no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado.

Areunião apreciou a proposta de alteração pontual da Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro, das Micro, Pequenas e Médias Empresas, que visa permitir por parte de outros tipos societário­s o usufruto dos benefícios previstos no Fundo Activo de Capital de Risco Angolano. Outro diploma em discussão foi o Regulament­o da Lei de Base do Sector Empresaria­l Público, queestabel­ece a classifica­ção das empresas, as regras de gestão, a fixação do conteúdo dos contratos-programa e os mecanismos de acompanham­ento e avaliação.

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FRANCISCO BERNARDO José Carvalho da Rocha falou sobre o ajuste no valor da taxa de telecomuni­cações

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