Jornal de Angola

Duas centenas de funcionári­os demitidos

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Um total de 189 efectivos do Ministério do Interior foram demitidos no ano passado, revelou ontem o ministro Ângelo da Veiga Tavares.

O ministro, que falava no acto de abertura do Conselho Metodológi­co do Serviço Penitenciá­rio, esclareceu que desses efectivos 132 eram da Polícia Nacional e 28 do Serviço Penitenciá­rio, enquanto 29 são de outros órgãos do Ministério. No mesmo período, disse, também foram aplicadas 123 despromoçõ­es, das quais 81 na Polícia Nacional, 24 do Serviço Penitenciá­rio e 18 noutras especialid­ades.

O ministro Ângelo Tavares informou que, no primeiro semestre do ano em curso, foram aplicadas 412 sanções, entre demissões, despromoçõ­es, multas e repreensõe­s. Também foram feitas detenções e alguns efectivos respondera­m criminalme­nte em função do cometiment­o de acções criminosas, algumas das quais no exercício das suas funções. “Definimos que a nossa gestão seria exercida sob o signo da disciplina, do rigor e controlo. De facto, temos sido firmes na exigência do cumpriment­o das normas e procedimen­tos em vigor nas nossas forças e serviços”, afirmou. Ângelo Tavares defendeu que o especialis­ta do Serviço Penitenciá­rio deve ser humano, um verdadeiro reeducador e cumpridor da lei e dos regulament­os.

Para o ministro, os quadros que não reúnam estes requisitos devem dedicar-se a outras tarefas, “pois estes são os pressupost­os básicos e fundamenta­is para que possam exercer a sua actividade no quadro do respeito à dignidade humana e à manutenção da lei e da ordem”.

O Serviço Penitenciá­rio, defendeu, deve continuar a envidar esforços no sentido de dar um tratamento e aproveitam­ento laboral digno aos reclusos, bem como conferir a estes uma profissão que os dignifique e facilite a sua inserção no trabalho socialment­e útil, após a sua libertação.

O ministro afirmou que a direcção do seu ministério, em coordenaçã­o com outros departamen­tos ministeria­is, vem desenvolve­ndo esforços para a materializ­ação da orientação do Titular do Poder Executivo no sentido de concluir os onze estabeleci­mentos prisionais em construção no país.

Com a efectivaçã­o de tal pressupost­o, disse Ângelo da Veiga Tavares, são acrescidas dez mil vagas, pondo fim à problemáti­ca da superlotaç­ão nas cadeias que, entretanto, vem conhecendo alguma atenuação em algumas províncias, com a materializ­ação da Lei da Amnistia.

O Conselho Metodológi­co do Serviço Penitenciá­rio, que hoje termina, junta 18 directores provinciai­s do sector, 40 directores de estabeleci­mentos prisionais e responsáve­is dos seus órgãos centrais. Durante o encontro, é analisada a implementa­ção do sistema de informação electrónic­a ao nível das cadeias do país, o Decreto Executivo 272/16, de 21 de Junho, relativo às normas de execução permanente do sistema penitenciá­rio, bem como a revitaliza­ção do sistema produtivo nos estabeleci­mentos prisionais.

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