Presidente deu posse a ministros e governadores
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, deu posse, ontem, aos novos ministros da Assistência e Reinserção Social e da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba e Albino José da Conceição, e aos governadores das províncias do Huambo e do Cunene, João Baptista Kussumua e Kundi Paihama.
Numa cerimónia em que estiveram presentes vários ministros e membros do gabinete presidencial, foram também empossados os secretários de Estado dos Desportos, Ana Paula Sacramento Neto, da Reinserção Social, Ana Paula dos Santos Correia Victor, do Orçamento, Aia-Eza Nacília Gomes da Silva, do Tesouro, Mário Eglicénio Baptista Ferreira do Nascimento, e da Família e Promoção da Mulher, Vitória Francisco Correia da Conceição.
O Jornal de Angola ouviu alguns dos empossados. O novo ministro da Juventude e Desportos falou em continuidade. “Temos plena consciência de que o desporto precisa de melhorias, mas vamos trabalhar nos programas que elaborados para melhorar o desempenho”. Albino da Conceição destacou o facto de, como secretário de Estado do Desporto, ter acompanhado todo o trabalho de diagnóstico e de elaboração da estratégia do desporto, que espera ver aprovada o mais breve possível.
“É certo que ela envolve valores financeiros altos, mas acima de tudo vamos procurar que sejam aprovados os princípios que ali estão e que serão orientadores para o desenvolvimento do desporto em todo o país”, referiu. O novo ministro defendeu uma atenção especial à juventude. “Atendendo aos desafios imediatos do país, como o processo de actualização do registo eleitoral, impõe-se fazer um apelo no sentido da consciencialização a toda a juventude que constitui a maior franja da população, e a importância nas tarefas do processo de desenvolvimento do país”, disse.
Já Gonçalves Muandumba, que assume o Ministério da Assistência e Reinserção Social, prometeu trabalhar em equipa para o êxito dos programas e projectos que estão em execução. “Vamos empenhar-nos para podermos cumprir com o que consta no Plano Nacional de Desenvolvimento em relação ao capítulo da assistência e reinserção social”, declarou o ministro, sem perder de vista a actividade de desminagem, que considerou fundamental para o país. Kundi Paihama, que volta ao palácio de Ondjiva 40 anos depois, considera o seu regresso como uma situação própria de qualquer bom filho, e apontou como prioridade o aumento da produção alimentar na província.
“A prioridade para mim é aumentar a produção e a oferta de alimentos, para eliminar a fome. Temos que produzir em grandes quantidades e depois ter energia e águas, educação e saúde, e recuperar as vias de comunicação, que são fundamentais para a circulação de pessoas e bens”, defendeu Paihama.
O governador da província do Cunene disse compreender que o quadro actual da província e do país é completamente diferente do que existia em 1976. “Volto para uma casa que é onde comecei a minha vida em 1976 e sei que os planos e interesses são diferentes. Mas procuraremos saber conciliar as coisas, aconselhar as pessoas, principalmente os mais jovens”. Kundi Paihama considerou normal que haja quem queira ver as coisas andarem mais depressa, mas pediu serenidade, espírito de unidade e muito trabalho. “Sabemos que há gente um bocadinho apressada, mas vamos trabalhar juntos, dando continuidade ao que começou a ser feito, para desenvolver a província. Temos o programa gizado agora é só cumprir e fazer cumprir”, declarou.
Na mesma linha, o novo governador da província do Huambo disse esperar que ao fim da missão que lhe foi confiada possa deixar obra feita. E apelou ao envolvimento da população do Huambo para que se una para desenvolver a província para fazer jus ao estatuto de uma das regiões mais importantes do país. “O povo do Huambo está no coração e na alma do Presidente José Eduardo dos Santos, e nós vamos para essa missão para trabalhar para o povo e com o povo”, referiu.
Como simples servidor, disse Kussumua, levo duas mãos que se vão juntar às milhares de outras mãos da população do Huambo para o impulso necessário para o desenvolvimento económico da província.
“Juntos vamos procurar ser úteis e bons para o que a população de facto necessita. Vamos ocupar a nossa mente para o que é essencial para a província e para o país, e esperar que ao terminarmos a nossa missão deixemos obra feita”, concluiu.