Fórum de negócios defende mais investimento
O segundo Fórum de Negócios Estados Unidos-África, que decorreu quarta-feira em Nova Iorque, proporcionou uma oportunidade aos líderes e empresários presentes para discutirem as melhores vias para o incremento do investimento no continente africano.
O evento, no qual Angola se fez representar por uma delegação chefiada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, foi promovido pela “Bloomberg Philanthropies”, em parceria com o Departamento do Comércio dos EUA, tendo contado com a participação de vários líderes africanos e responsáveis de diversas empresas norte-americanas e africanas, que aproveitaram a ocasião para fortalecerem os laços comerciais e financeiros.
O segundo Fórum teve como base o progresso do primeiro, realizado em 2014, sob o tema “EUÁfrica Leaders Summit”, e que teve a participação de 50 Chefes de Estado e de Governo africanos e mais de 150 presidentes de conselhos de administração de diversas empresas mundiais.
O foco do recente Fórum foi o engajamento do sector privado norteamericano em África, em sectores como finanças e investimentos de capital, infra-estruturas, energia, agricultura, bens de consumo, cuidados de saúde e tecnologia de comunicação e informação. Durante o acto, o Governo dos EUA e os seus parceiros de Energia em África anunciaram dezenas de novos projectos, estimados em mais de mil milhões de dólares, para proporcionar o acesso à electricidade na África subsaariana.
Segundo dados obtidos no evento, o compromisso inicial de sete mil milhões de dólares do Governo dos EUA, lançado há três anos, mobilizou mais de 52 mil milhões de dólares em compromissos externos adicionais, incluindo mais de 40 mil milhões de dólares em programas do sector privado para investir na geração e distribuição de energia em toda a África subsaariana.
Para acelerar o investimento em energias renováveis, os EUA contam com a parceria de governos africanos, de forma bilateral e multilateral, bem como com mais de 130 parceiros do sector privado.
Na intervenção que fez no evento, o Presidente Barack Obama pediu um maior investimento em África, continente que caracterizou como estando em movimento, sustentando que o progresso de África também é importante para a segurança e a prosperidade em todo o mundo. Em relação aos acordos comerciais, de investimento e parcerias anunciados durante o encontro, Obama considerou encorajadores, mas disse que muito ainda pode ser feito.
O estadista americano solicitou, por isso, o incremento de negócios em África e do investimento na construção de infra-estruturas, incluindo o aumento do acesso à energia eléctrica ali onde ela é escassa ou inexistente.
Todavia, alertou sobre a necessidade de garantir um ambiente de negócios propício para a realização desses investimentos, argumentando que as pessoas não querem fazer negócios em lugares onde as regras estão constantemente a ser alteradas.
Quatro empresas angolanas, designadamente, Multiparques e Multiterminas, Grupo OPAIA, Refriango e Bongani participaram no Fórum, realizado à margem dos trabalhos da 71ª sessão da AssembleiaGeral das Nações Unidas, que decorrem de 20 a 26 do corrente mês.
Ontem, Angola reiterou, no Conselho de Segurança da ONU, o seu compromisso com a comunidade internacional, trabalhando no sentido de implementar medidas eficazes para combater e mitigar a ameaça terrorista à aviação civil, mediante o reforço de parcerias e da aplicação de normas e padrões estabelecidos pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), para o reforço da segurança neste sector vital da vida contemporânea. “Angola tem-se empenhado na adopção de um vasto número de medidas e de legislação para verificar e fiscalizar o sector da aviação civil, através da incorporação no quadro jurídico nacional das normas da ICAO”, declarou o representante permanente adjunto de Angola junto das Nações Unidas, Hélder Lucas, no debate de alto nível do Conselho de Segurança sobre a ameaça terrorista à aviação civil.
De acordo com o diplomata, o terrorismo internacional alterou a perspectiva em que a aviação civil internacional tem operado. “Os ataques terroristas contra a aviação civil, como qualquer outro tipo de acto terrorista internacional, constituem uma ameaça à paz e segurança internacionais e, como tal, são criminosos e injustificáveis, independentemente das motivações e objectivos dos seus autores”, enfatizou.
O Conselho de Segurança adoptou uma resolução, reafirmando a importância de combater a ameaça contra a aviação civil, bem como o fornecimento de parâmetros de segurança adequados para atenuar a ameaça de ataques terroristas.
O governador do Estado norteamericano da Carolina do Norte declarou o estado de emergência na quarta-feira após nova noite de distúrbios violentos na cidade de Charlotte, por causa da morte de um negro pela polícia. “Declarei o estado de emergência e iniciei esforços para destacar a Guarda Nacional e a Patrulha de Autoestradas para assistir a polícia local” em Charlotte, escreveu o governador Pat McCrory na rede social Twitter. Um manifestante ficou gravemente ferido nos confrontos. O manifestante que foi baleado durante a segunda noite de distúrbios encontrase em estado crítico, mas não morreu, como foi inicialmente avançado, esclareceu a câmara municipal de Charlotte.