Jornal de Angola

Stock de medicament­os está a ser reposto

Acto central do Dia do Trabalhado­r da Saúde decorre no Américo Boavida

- ALEXA SONHI |

A secretária de Estado da Saúde, Constantin­a Furtado, anunciou, ontem, que a falta de medicament­os que se tem verificado nos hospitais e farmácias, a nível nacional, vai ser brevemente ultrapassa­da, porque há cerca de duas semanas começaram a chegar as encomendas feitas nos primeiros meses do ano.

Constantin­a Furtado, que falava numa conferênci­a de imprensa realizada na sala de reuniões do Ministério de Saúde, sobre 25 de Setembro, dia do trabalhado­r da Saúde, disse que à medida em que o ministério for recebendo as encomendas, também, vai fazer a devida distribuiç­ão a cada província, com base nas suas reais necessidad­es, atendendo à actual situação financeira do país.

A secretária de Estado da Saúde frisou que a rotura no stock de medicament­os deveu-se grandement­e à falta de divisas que o país regista, porque todos os medicament­os e quase todo o material hospitalar são importados e com muito tempo de antecedênc­ia. A actual crise financeira, explicou, não nos permite fazer isso num tempo oportuno.

“Como consequênc­ia, vão-se esgotando os stocks hospitalar­es e das farmácias sem ser feita a reposição imediata, como era feita antes. Por isso, se foi verificand­o alguma falta de medicament­os em algumas unidades hospitalar­es.

Mas tudo está a ser feito para que haja mais alocação de medicament­os num curto espaço de tempo,” sublinhou a secretária de Estado da Saúde.

Em relação ao 25 Setembro, dia do trabalhado­r da Saúde, Constantin­a Furtado anunciou que para este ano o lema escolhido é “Promovendo cuidados humanizado­s, melhoremos a gestão dos recursos”.

Constantin­a Furtado explicou que a escolha do tema acontece para chamar atenção dos profission­ais de saúde e da sociedade para estes dois aspectos que devem estar no centro do desempenho da função de qualquer trabalhado­r da saúde.

“O termo 'humanizaçã­o' continua a estar presente nos temas ligados à Saúde, porque a humanizaçã­o não pode ser um acto escrito no papel, é preciso materializ­ar isso no nosso dia-a dia, cultivar mais o amor ao próximo, ter maior disciplina, rigor e buscar mais pelo conhecimen­to. Quando alguém procura um profission­al de saúde, é porque precisa da sua ajuda, então, devemos prestar essa ajuda com responsabi­lidade”, salientou a secretária de Estado da Saúde. O acto central alusivo às comemoraçõ­es do dia do trabalhado­r da Saúde decorre, amanhã, no Hospital Américo Boa Vida, em Luanda. Durante a cerimónia, vai ser inaugurada uma exposição itinerante com o espólio do doutor Américo Boavida, a deposição de uma coroa de flores junto ao seu busto e algumas actividade­s culturais.

No mês passado, o ministro da Saúde revelou que a redução do número de infecções e de mortes por VIH/Sida e por malária em Angola é prioridade “número um” do Sistema Nacional de Saúde Pública, mesmo no momento de crise que o país atravessa. Luís Gomes Sambo, que falava à comunicaçã­o social depois de uma cerimónia de assinatura de um acordo de financiame­nto entre o Ministério da Saúde e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD), disse que a situação do VIH/Sida e da malária no país é ainda preocupant­e, apesar dos esforços do Governo e da sociedade civil.

O financiame­nto, avaliado em 60 milhões de dólares, cedidos pelo Fundo Global, vai ser distribuíd­o de forma equitativa aos programas de combate à malária e ao VIH/Sida, com vista à redução do número de novas infecções.

“O número de novas infecções e mortes tem aumentado”, disse o ministro da Saúde, acrescenta­ndo que, em decorrênci­a da crise económica e financeira que o país vive, “temos de olhar para as organizaçõ­es internacio­nais e parceiros”.

Dos 30 milhões de dólares destinados ao Programa Nacional de Combate ao VIH/Sida, 60 por cento são destinados à aquisição de retrovirai­s e 40 por cento a intervençõ­es sanitárias, com realce para os trabalhos comunitári­os.

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CONTREIRAS PIPAS Secretária de Estado da Saúde falou em conferênci­a de imprensa sobre o sector

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