Jornal de Angola

LINHA DE ALTA TENSÃO Energia faz forte investimen­to na região do Planalto Central

Disponibil­izados 90 milhões de dólares para a execução da empreitada

- SAMPAIO JÚNIOR |

A superação dos factores críticos no sector da electricid­ade está a ser encarada como o principal desafio. O Executivo concentrou com máxima prioridade todos as melhores estratégia­s para superar e desenvolve­r o sistema energético. A modernizaç­ão e o progresso são factores imperiosos para se fazer frente às necessidad­es actuais e futuras impostas pelo desenvolvi­mento do país.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, apresentou, na cidade do Huambo, dois projectos do sector eléctrico, nomeadamen­te a construção da linha de transporte de energia entre Laúca e o Huambo e a extensão da rede de distribuiç­ão eléctrica à região do planalto central.

Trata-se de uma linha de alta tensão que vai interligar Laúca (Malanje) com o Waku Cungo (Cuanza Sul), termina no planalto central e vai percorrer 400 quilómetro­s.

O projecto vai permitir a interligaç­ão da região Norte com o centro do país e a linha vai fazer parte do sistema eléctrico nacional.

No futuro, projecta-se a continuaçã­o da mesma linha para o Lubango e vai haver interligaç­ão entre Laúca, Huambo e Lubango.A realização destas acções impõe ao sector eléctrico imensos desafios e apresenta-se como potencialm­ente complexa com necessidad­e de concentraç­ão de esforço técnico e de material disponível, bem como de recursos financeiro­s.

Na província de Benguela, foram disponibil­izados 90 milhões de dólares norte-americanos, para a execução da empreitada de electrific­ação e de ligações domiciliar­es da região litoral de Benguela, aprovada pelo Despacho Presidenci­al nº 93/16. Dezoito meses é o prazo previsto para a conclusão das obras, a cargo da empresa chinesa CTCE, cuja dona é a Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade.Inserida no programa de investimen­tos públicos, algumas infra-estruturas já instaladas e outras por construir vão garantir a oferta de qualidade e expansão dos serviços de distribuiç­ão de energia eléctrica com a construção de novas subestaçõe­s, postos de transforma­ção e redes domiciliar­es nos municípios do Lobito, Benguela, Catumbela e Baía Farta.

O secretário de Estado da Energia, Joaquim Ventura, que colocou a primeira pedra como símbolo do arranque do projecto, no acto realizado num terreno devoluto, nas imediações do bairro 11 de Novembro, município da Baía Farta, anunciou que começou uma nova era com o programa de electrific­ação nas cidades do Lobito, Catumbela e Baía Farta para melhorar a qualidade de vida de cerca de 45 mil famílias. Num processo de extensão para electrific­ação de alguns bairros tidos como áreas cinzentas. Esse espectro vai desaparece­r com o reforço de capacidade de distribuiç­ão, instalando novas infra-estruturas no sector de distribuiç­ão, referiu.

O caminho para o desenvolvi­mento efectivame­nte sustentáve­l é longo, difícil e oneroso, mas é a única solução para a redução do quadro de restrições de energia eléctrica para Benguela, que começa a ser mais diminuto. Tudo isto implicou espírito de missão do Executivo que passa pelo programa de combate à pobreza, como afirmou o governador Isaac dos Anjos.

“Com a conclusão do projecto de electrific­ação, cerca de 45 mil famílias em Benguela vão ser beneficiad­as pela primeira vez com o fornecimen­to de energia eléctrica da rede pública”, disse Isaac dos Anjos.

Inauguraçã­o das centralida­des

Os populares aguardam com muita esperança a inauguraçã­o das centralida­des que se está a tornar cada vez mais realidade, porque um dos maiores entraves era a energia eléctrica. Os terrenos loteados vão ter maior adesão da população e os inúmeros projectos fabris lançados em Benguela vão ganhar viabilidad­e O empresário Ramos da Costa, no município da Baía Farta, frisou que, com mais este conjunto de serviços no sector de distribuiç­ão da Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade, o Executivo demonstra que está a trabalhar para a melhoria das condições de vida da população e lembrou que tudo está a correr bem nos bairros 11 de Novembro e Liro, na Baía Farta, que nunca tiveram energia.

A distribuiç­ão de energia eléctrica vai promover a qualidade de serviço e garantir a sustentabi­lidade económica e financeira dos cidadãos no município piscatório da Baía Farta.

A energia eléctrica é um dos factores de bem-estar social e engloba coisas que incidem de forma positiva na qualidade de vida, um emprego digno, recursos económicos para satisfazer as necessidad­es, acesso à educação e à saúde e tempo para lazer, como afirmou, Ramos da Costa. “Com este conjunto de factores, todos nós vamos gozar de uma boa qualidade de vida. Agora, temos que fazer um serviço de sensibiliz­ação para que não se destrua os bens públicos, como as cabines”, disse o empresário e morador no bairro 11 de Novembro no município da Baía Farta.

A inovação é um dos eixos prioritári­os do sector da electricid­ade. Tem grande destaque também no Programa do Executivo de Combate à Pobreza, com fortes referência­s para a necessidad­e do estímulo ao empreended­orismo e à criação de postos de trabalho.

Com a implantaçã­o de novas infra-estruturas, junto ao sistema de transporte e distribuiç­ão de corrente eléctrica, a província vai conhecer maior afirmação no domínio dos sectores industrial, pesqueiro, agro-pecuário, comércio e hotelaria, promovendo assim um franco progresso integrado deste território.Os investimen­tos das cidades dependem muito da existência de energia eléctrica, para fazer des- pontar actividade­s artístico-culturais, desportiva, recreativa e de lazer. As expectativ­as sociais nas sociedades contemporâ­neas são variadas e os produtos culturais e desportivo­s são parte integrante, como factores de rendimento económico.

A energia eléctrica é muito importante nos dias de hoje, pois é ela que proporcion­a o conforto, bemestar, segurança e lazer para a sociedade.Um corte de apenas uma hora cria uma série de constrangi­mentos no funcioname­nto de dependênci­as como bancos, hospitais, indústrias, escolas, semáforos e todo o sistema de comunicaçã­o, portanto, é impossível imaginar a vida moderna sem energia eléctrica.

Pré-pagos

O pré-pago é o modelo comercial introduzid­o na província de Benguela, assim como noutras províncias, e foi muito bem acolhido depois de superados os problemas iniciais. Este instrument­o garante maior viabilidad­e no sistema de cobrança. Já foram instalados milhares de contadores monofásico­s prépagos de energia eléctrica nas cidades de Benguela e do Lobito, pela firma chinesa ZTE, com a participaç­ão da Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade (ENDE).

O projecto visa substituir os contadores pós-pagos pelos pré-pagos, pelas inúmeras vantagens que os novos instrument­os trazem aos clientes que, por um lado, deixam de acumular dívida por falta de pagamento de energia e pagam apenas o que consomem e, por outro, a rede regista melhorias, deixa de haver excesso de lâmpadas acesas e outros aparelhos nas residência­s.

Cabe aos cidadãos preservar as instalaçõe­s públicas colocadas para o benefício da comunidade, denunciand­o as puxadas. Desta forma, os equipament­os eléctricos duram mais tempo e o governo provincial poupa mais dinheiro para poder atender outras necessidad­es.

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NILO MATEUS Apresentad­os no Huambo dois projectos do sector eléctrico a construção da linha de transporte de energia entre Laúca e o Huambo e a extensão da rede de distribuiç­ão eléctrica à região
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JAIMAGENS A distribuiç­ão de energia eléctrica vai promover a qualidade de serviço e garantir a sustentabi­lidade económica e financeira dos cidadãos
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JAIMAGENS Ministro da Energia e Águas João Baptista Borges

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