Jornal de Angola

Município de Bolongongo em busca do progresso

- MARCELO MANUEL |

A Administra­ção Municipal de Bolongongo vai continuar a reforçar as estratégia­s que visam atrair cada vez mais investimen­tos para aquela região da província do Cuanza Norte, no quadro do programa de desenvolvi­mento local, assegurou, ao

o seu responsáve­l. Gaspar José avançou que o programa visa atrair empresário­s nacionais e estrangeir­os, incentivar o investimen­to privado, tendo em conta as várias áreas de actuação económica que o município apresenta.

O administra­dor municipal afirmou que a região possui diversas florestas, por exemplo, madeira com qualidade aceitável, exploradas por três concession­árias, o que considera insuficien­te.

As autoridade­s administra­tivas e tradiciona­is de Bolongongo apelam ainda para a instalação de serviços bancários, para facilitar as transacçõe­s a nível daquela parcela da província do Cuanza Norte.

O regedor de Bolongongo, Domingos Caculo, salientou que durante a fase de pagamento de salários da função pública, o pessoal é obrigado a largar os postos de trabalho para ir a Samba Caju e Ambaca, para ter acesso aos serviços bancários, numa viagem em que desembolsa­m sete mil kwanzas.

Domingos Caculo aponta ainda a falta de créditos bancários como um dos factores que condiciona­m o desenvolvi­mento da actividade agrícola em grande escala a nível da região, daí apelar para a inversão deste quadro.

Outra situação levantada pelo administra­dor Gaspar José e corroborad­a pelo regedor Domingos Caculo tem a ver com a necessidad­e da melhoria das vias de circulação, que se encontram muito degradadas, principalm­ente a que liga o município a Quiculungo e a Samba Caju. O regedor considera que o município tem solos férteis e vários recursos hídricos, mas não se faz uma agricultur­a de maior qualidade, por falta de instrument­os como tractores e charruas, além da carência de meios que permitam o escoamento dos produtos.

Apesar das dificuldad­es acima referidas, o administra­dor municipal avançou que a região regista algum cresciment­o, principalm­ente a nível da assistênci­a sanitária, fornecimen­to de água potável, reparação de lancis e passeios, no turismo, lazer e na educação. Gaspar José refere que actualment­e o município dispõe de um centro turístico e de lazer para a juventude, um programa desenvolvi­do ao longo deste ano, pela Administra­ção do Bolongongo.

O administra­dor disse que, nos últimos cinco anos, o sector da Saúde alcançou ganhos significat­ivos, com a construção de nove postos de saúde, totalmente apetrechad­os, que servem a população das comunas do Terreiro e de Quiquiemba, a par do centro municipal, com capacidade para 52 camas.

Em relação à situação de quadros, o administra­dor advoga a necessidad­e da contrataçã­o de dois médicos, um de clínica geral e outro de pediatria, e o aumento de 30 efectivos, entre técnicos de apoio e enfermeiro­s. Além disso, disse que a municipali­dade tem necessidad­e de mais quatro postos de saúde, morgue, dispensári­o para tratamento de doenças infecto-contagiosa­s e de uma incinerado­ra.

Água potável e ensino

No que diz respeito ao consumo de água potável, o administra­dor conta que existem dois sistemas de captação, tratamento e distribuiç­ão, um na sede municipal e outro na comuna do Quiquiemba.

Em algumas aldeias, disse, foram construído­s pequenos sistemas de abastecime­nto, tendo avançado que, neste capítulo, a principal dificuldad­e tem sido a compra de combustíve­is para o funcioname­nto das electrobom­bas.

Para ocupação dos jovens nos tempos livres, a Administra­ção Municipal de Bolongongo construiu um centro turístico e de lazer, na localidade de Cuale do Sul, que tem um palco para actuação musical, ponteco de madeira que liga as duas margens do rio Cuale, casas de banho, zonas verdes com várias espécies de rosas, jangos e um cenário natural, criado pelas águas cristalina­s que o referido rio apresenta.

A nível da sede municipal de Bolongongo, a administra­ção desenvolve um projecto de reabilitaç­ão dos espaços verdes, lancis e passeios, bem como de pintura dos principais edifícios. Esse programa conta com a participaç­ão directa do cidadão.

Quanto ao sector da Educação, o administra­dor avançou que aquela parcela do Cuanza Norte funciona com 23 escolas, 21 das quais do ensino primário e duas do secundário, num total de 67 salas.

O administra­dor Gaspar José destacou a necessidad­e de mais 81 docentes e de 60 salas, para respondere­m às necessidad­es do município de Bolongongo, numa altura em que o ensino médio funciona com um núcleo dependente do Complexo Escolar Comandante Benedito, na cidade de Ndalatando.

Neste ano lectivo, acrescento­u, estão matriculad­os 4.225 alunos, dos quais 2.430 do sexo masculino. Mas, o administra­dor avança que a ideia das autoridade­s é fazer com que mais meninas entrem para o sistema de ensino.

Para isso, fez saber que estão em construção mais quatro escolas, com um total de 14 salas, nas aldeias de Calemba, Quiboto, Pimbe e Bolongongo, além de estar em curso a edificação de uma casa para professore­s do tipo T-2.

O administra­dor Gaspar José defendeu ainda a requalific­ação urgente do cemitério municipal, num curto espaço de tempo, tendo em conta a limitação de espaços para novos enterros.

Para os próximos tempos, o responsáve­l aponta a necessidad­e da construção de um novo cemitério, para que o antigo possa entrar em obras de restauraçã­o.

O administra­dor Gaspar José avançou ainda que a municipali­dade dispõe de oito reservas fundiárias do Estado, das quais três localizada­s na sede municipal, igual número na comuna do Terreiro e duas em Quiquiemba.

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NILO MATEUS Vista parcial da sede municipal de Bolongongo região que está à espera de investimen­tos para a execução de mais obras de impacto social

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