“Trilhos dos olongombe” encerra mostra itinerante
A exposição “Olongombe”, em homenagem à população do sul e centro do país que vive da pastorícia, encerrou quinta-feira, no Camões-Centro Cultural Português, em Luanda, com a exibição do vídeo “Trilhos dos olongombe”, no auditório Pepetela.
Trata-se de uma retrospectiva audiovisual sobre os locais onde a mostra itinerante foi apresentada nas cidades de Moçâmedes, Lubango, Benguela e Luanda.
A motivação dos artistas António Ole, António Gonga, Masongi Afonso, Mário Tendinha, Paulo Kussy e Paulo Amaral, que participaram na mostra, a montagem da exposição nas diferentes cidades e a visita do público, com destaque para as crianças e jovens do Namibe, dos estudantes da Escola Especial Primária e do Instituto Superior Politécnico da Huíla, dos pastores do Tchivinguiro e dos fazendeiros da região Sul, são as imagens dominantes do vídeo retrospectivo produzido pela TV Zimbo.
“Olongombe” reuniu pinturas de António Gonga, Mário Tendinha, Paulo Kussy e Paulo Amaral, esculturas de madeira de Masongi Afonso e instalação de António Ole, entre ossadas, marfim, crânios de bois, missangas, sementes, raízes, cordas de plástico e de sisal, pulseiras de metal e tecidos de diferentes tonalidades.
Os motivos das obras estavam relacionados com a criação de gado e rituais realizados pela população das províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Benguela, onde o gado bovino é considerado riqueza de milhares de famílias.
A palavra “olongombe”, na língua umbundo, traduzida em português significa “manada de gado”. Além de ser uma homenagem à população pastoril, cuja vivência tem uma relação directa com a criação de gado bovino. “Olongombe” serviu, também, para lembrar os feitos do escritor, cineasta e antropólogo Ruy Duarte de Carvalho, porque o seu trabalho incidiu nos costumes e hábitos dessa população, particularmente das províncias do Namibe e da Huíla.