“Temos ainda muito que fazer”
O Bastonário da Ordem dos Advogados, Hermenegildo Cachimbombo, disse na Huíla que além de serem muito poucos os advogados em Angola, existe ainda o problema da sua distribuição geográfica. O bastonário reconhece existir um certo crescimento na área de advocacia, mas admitiu que os mil e 700 advogados são “insuficientes para responder à demanda”. Em declarações à imprensa, no Lubango, à margem da Conferência Nacional dos Advogados de Angola, que já vai na quinta edição, o Bastonário defendeu que é preciso um esforço maior para corrigir a situação de défice de causídicos no país.
O Bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) defendeu na cidade do Lubango que é preciso um esforço maior para corrigir a situação de défice de causídicos no país.
Em declarações à imprensa, feitas à margem da Conferência Nacional dos Advogados de Angola, que já vai na quinta edição, Hermenegildo Cachimbombo disse que além de serem ainda muito poucos os advogados em Angola, existe ainda o problema da sua distribuição geográfica. O bastonário reconhece existir um certo crescimento na área de advocacia, mas admitiu que os mil e 700 advogados são insuficientes para responder à demanda.
“São necessários pelo menos oito mil advogados para satisfazer os níveis de procura desse serviço”, disse o advogado, que realça o facto de 40 advogados estarem confinados nas províncias do Namibe e da Huíla. Para colmatar esta situação, o bastonário informou que a OAA está a instalar gabinetes de representação pelas províncias, com o objectivo de levar os serviços de advocacia para junto das populações. Segundo o responsável, espera-se que dentro de dois anos essas medidas comecem a surtir efeitos positivos, pois a Ordem está a incentivar os novos estudantes e licenciados em Direito a abraçarem a advocacia como profissão, para que estas insuficiências sejam colmatadas. Hermenegildo Cachimbombo assumiu como obrigação da Ordem elevar a consciência jurídica dos cidadãos, não só na perspectiva do acesso aos tribunais, mas também na informação e na educação dos cidadãos em parceria com os órgãos de Comunicação Social. “Temos feito e levado acabo uma série de actividades, cujo objectivo é de elevar a consciência jurídica dos cidadãos para que eles compreendam os instrumentos legais quando beneficiarem da assistência jurídica”, sublinhou.
No encontro que se realizou sob o lema “A advocacia e os efeitos económicos e sociais”, os 350 participantes abordaram temas como a “Revisão dos estatutos da Ordem dos Advogados de Angola” e a “Diversificação da Economia”.
Durante dois dias, os advogados falaram sobre o “Posicionamento da OAA perante os órgãos da administração da justiça/relacionamento entre os operadores forenses” e o “Direito de defesa e o exercício das liberdades fundamentais”.