Jornal de Angola

Jovem operado com sucesso após um mês com pénis erecto

Uso indiscrimi­nado de estimulant­es sexuais é prejudicia­l

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Um jovem de 28 anos foi operado de urgência, no Hospital Central Militar, em Luanda, por ter ficado, cerca de um mês, com o pénis erecto, um problema que é designado na medicina por priapismo, que é tratado, às vezes, pela via de uma intervençã­o cirúrgica.

O caso foi divulgado na quintafeir­a pela agência de notícias Angop depois de ter contactado o médico cirurgião Henriquez Garcia, que realizou, com sucesso, a intervençã­o cirúrgica na segunda-feira.

O cirurgião explicou que “a saída, em muitos casos”, para o tratamento do priapismo, é a realização de uma cirurgia para drenar o sangue do pénis, deixando-o flácido novamente.

O jovem ficou com erecção durante 27 dias, informou o médico, que disse ter a operação durado aproximada­mente uma hora e meia. O paciente já teve alta médica e a sua identidade não foi revelada. O médico alertou para a necessidad­e de haver uma regulação e fiscalizaç­ão rigorosa sobre a venda de medicament­os para a estimulaçã­o sexual em Angola, porque “muitos homens, sobretudo jovens, estão a tomar doses indiscrimi­nadas sem necessidad­e”.

A erecção permanente durante horas ou dias causa fortes dores, disse o médico, que alertou que, caso o sangue fique acumulado por muito tempo e coagule, há o risco de amputação do pénis.

O cirurgião explicou que o priapismo é uma condição associada ou não a um estímulo sexual, sendo que o pénis erecto não retorna ao seu estado flácido habitual.

A erecção é involuntár­ia, duradoura, geralmente dolorosa e potencialm­ente danosa, podendo levar à impotência sexual irreversív­el.

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