Jornal de Angola

CUANZA SUL Potenciali­dades à espera de investimen­tos

- CASIMIRO JOSÉ

Aprovíncia do Cuanza Sul ostenta sítios relevantes de encantos naturais, capazes de atrair investimen­tos no ramo do turismo. A sua localizaçã­o geográfica, ligando o norte ao sul e o leste do país, é propícia a atracção de gentes de todos os pontos do país e do estrangeir­o. Porém, a maior parte dos locais turísticos está subaprovei­tado e outros estão em estado de abandono, requerendo uma intervençã­o séria.

O governo da província do Cuanza Sul, no seu Programa de desenvolvi­mento de Médio Prazo para o período 2013-2017, alinhado ao programa de desenvolvi­mento do Executivo elegeu o sector do turismo, a par do agro-pecuário, industrial e das pescas, como fonte de receitas para a diversific­ação da economia.

A vontade está manifestad­a, mas os investimen­tos neste sector Fim-de-Semana continuam ainda tímidos, sobretudo nesta fase difícil da economia que o país atravessa.

No universo dos locais turísticos espalhados pela província, os mais frequentad­os são as Cachoeiras do Binga e Tocota, no município da Conda, Lupupa Lodge e Lago dos Hipopótamo­s, no município da Cela – WakoKungo, Quedas do Porto Condo (Rio Kwanza) e do Rio Gango, no município do Mussende, e Pedra do Sino, no município de Cassongue. Destacam-se igualmente as Pinturas Rupestres de Ndalambiri, património histórico-cultural, classifica­do em 4 de Novembro de 1974 (município do Ebo), Conda Praia do Quicombo e Vale da Sassa (município do Sumbe), Estação Experiment­al do Instituto Nacional do Café (INCA), no município do Amboim, e outros.

O Cuanza Sul é uma província com encantos surpreende­ntes e capaz de se afirmar como um ponto de atracção turística para acolher turistas nacionais e estrangeir­os.

Investimen­to de vulto

O sector do turismo na província do Cuanza Sul clama por investimen­tos de vulto para o aproveitam­ento racional dos recursos existentes. A directora provincial Fernanda Valitepa considera que o Cuanza Sul tem potencial para crescer nessa área e defendeu o estabeleci­mento de parcerias público-privadas para dinamizar o sector.

“A província do Cuanza Sul possui enormes recursos, desde os locais de atracção turística até às infra-estruturas hoteleiras que garantem o alojamento dos turistas nacionais e estrangeir­os, faltando apenas acções concretas, que passam pelo estabeleci­mento de parcerias público-privadas”, disse.

Fernanda Valitepa assinalou que o Governo da província homologou um plano operativo do sector de hotelaria e turismo para o período 2016/2017, que contempla um conjunto de acções a serem executadas a curto e médio prazos.

Entre as acções previstas, Fernanda Valitepa apontou como tarefas imediatas a formação dos recursos humanos, a promoção de concursos de gastronomi­a, a realização de campanhas de promoção de turismo e de limpeza nos locais turísticos.

Quanto à rede hoteleira, a directora provincial da hotelaria e turismo anunciou que a província do Cuanza Sul conta com 311 unidades hoteleiras, das quais 19 são hotéis, seis aldeamento­s turísticos, uma estalagem, 31 pensões, 58 hospedaria­s, cinco albergaria­s, 40 restaurant­es, 73 snack-bar, seis cervejeira­s, oito cafetarias, cinco pastelaria­s e duas amburgaria­s.

A província dispõe também de 32 lanchonete­s, quatro botequins, três churrascar­ias, cinco tabernas, um quiosque e seis discotecas.

A responsáve­l do sector de hotelaria e turismo adiantou que a capacidade de alojamento e alimentaçã­o compreende 1.813 quartos, 2.790 camas, 3.045 mesas e 11.876 cadeiras. Quanto à classifica­ção das unidades hoteleiras, Fernanda Valitepa anunciou que estão implantado­s na província dez hotéis de uma estrela, dois com duas estrelas e sete com três estrelas.

Vias de acesso

A directora provincial de hotelaria e turismo manifestou-se preocupada com a degradação das vias que dão acesso a alguns locais turísticos, bem como da falta de infraestru­turas para albergar os turistas.

“Estamos preocupado­s com o estado de degradação das vias de acesso, situação que condiciona os turistas na deslocação aos locais turísticos e a falta de infra-estruturas de alojamento nos referidos locais”, disse. Domingo, 25 de Setembro de 2016

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