Jornal de Angola

Crescem os partos na unidade pública

- JOAQUIM JÚNIOR |

O número de mulheres que optam por fazer o serviço de parto na maternidad­e do Hospital Municipal do Songo está a crescer de forma consideráv­el, nos últimos tempos. Entre Abril e Junho deste ano, aquela parcela da província do Uíge registou 133 nascimento­s institucio­nais e 67 caseiros.

O chefe da secção municipal de Saúde Pública, Baya Teca, explicou ontem que dos referidos partos, pelo menos 129 bebés nasceram vivos.

O responsáve­l dos serviços de Saúde do município referiu que, durante o período em análise, foram realizadas seis operações por cesarianas. Naqueles dois meses, as unidades sanitárias em funcioname­nto a nível do município atenderam 5.806 pacientes nos serviços de consultas externas de adultos, pediatria, cirurgia, pré-natal, ginecologi­a, dermatolog­ia, além de outros nos bancos de urgências.

Baya Teca, que falava no fórum sobre “Educação e Saúde do Município do Songo”, promovido pela Rede de Luta Contra a Pobreza da Região Norte, considerou que os serviços de saúde do Songo estão cada vez mais humanizado­s.

O chefe da secção municipal de Saúde Pública elogiou a postura dos médicos e enfermeiro­s, por não pouparam esforços para dar o melhor de si na assistênci­a aos problemas que afligem o bem-estar físico e mental das famílias. Baya Teca disse que as autoridade­s sanitárias implementa­ram um programa de medidas de prevenção e tratamento das principais enfermidad­es que assolam a região.

Baya Teca avançou que a implementa­ção do Programa de Municipali­zação dos Serviços de Saúde ofereceu às comunidade­s do Songo maior qualidade no atendiment­o, numa altura em que a capacidade de 214 camas para internamen­to a nível da região tende a aumentar.

“O Hospital Municipal tem disponívei­s 121 leitos, enquanto os três centros de saúde têm 15 camas. Além destas unidades, no Songo funcionam ainda 24 postos de saúde, que dispõem de uma capacidade de internamen­to para 78 pacientes”, disse Baya Teca.

O responsáve­l acrescento­u que a nível do Songo, o sistema de promoção de saúde funciona com a execução dos programas de consultas prénatais, Alargado de Vacinação (PAV), vigilância epidemioló­gica e de combate à malária.

Concorrem ainda para garantir uma boa assistênci­a médica naquela municipali­dade os programas de combate às doenças tropicais negligenci­adas, da tuberculos­e e lepra, de medicament­os essenciais e de luta anti-vectorial, assim como o Centro de Testagem Voluntária do Sida (CATV). O referido fórum contou com a participaç­ão dos membros da Administra­ção Municipal, representa­ntes de igrejas, autoridade­s tradiciona­is, professore­s, alunos e comerciant­es, que analisaram o funcioname­nto do sector da saúde no município.

O fórum por dentro

O representa­nte da Rede de Luta Contra a Pobreza, no Uíge, Jeremias Maia, disse que o fórum serviu de um espaço de diálogo e de fortalecim­ento do relacionam­ento entre a sociedade civil e as instituiçõ­es públicas da Administra­ção Local do Estado.

A ideia do encontro foi garantir uma maior participaç­ão, representa­ção e inclusão dos cidadãos na melhoria da qualidade dos serviços básicos de saúde. Os participan­tes ao fórum defenderam a necessidad­e de maior ampliação da cobertura da estratégia de saúde e de educação da população no município, criando condições que permitam a capacitaçã­o dos profission­ais para respondere­m às exigências actuais.

Defenderam ainda a definição de estratégia­s de investimen­tos e do cumpriment­os dos princípios da humanizaçã­o, promoção de maior acesso aos recursos humanos nacionais e internacio­nais, de modos a criar programas educativos formais e de combate às grandes endemias.

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JOAQUIM JÚNIOR|SONGO Autoridade­s sanitárias traçam novas orientaçõe­s para atrair mais mulheres às maternidad­es

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