Jornal de Angola

Habitação social para a juventude

Região no trilho do desenvolvi­mento graças a várias empreitada­s em curso

- SÉRGIO V. DIAS | Cuito

As várias infra-estruturas em construção na província do Bié vão impulsiona­r o cresciment­o harmonioso da região. O destaque vai para a centralida­de do Cuito, a ser erguida numa área de 300 hectares, que vai albergar seis mil apartament­os. A empreitada tem a entrega prevista para o primeiro semestre de 2017, de acordo com o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, José Fernando Tchatuvela, que garantiu à imprensa a alta qualidade do projecto adjudicado à construtor­a Cora-Angola. Com residência­s T3, a nova centralida­de destina-se, sobretudo, à juventude da província.

As várias infra-estruturas em construção na província do Bié vão impulsiona­r o desenvolvi­mento da região. O destaque vai para a centralida­de do Cuito, a ser erguida numa área de 300 hectares, que vai albergar seis mil apartament­os.

A empreitada tem a entrega prevista para o primeiro semestre de 2017, de acordo com o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, José Fernando

Tchatuvela, que garantiu à imprensa a alta qualidade do projecto adjudicado à construtor­a Cora-Angola. Com residência­s T3, a centralida­de destina-se, sobretudo, à juventude da província. O vice-governador do Bié disse que, uma vez concluída, a empreitada vai albergar cerca de 42 mil habitantes.

No município do Andulo, está a ser construída outra centralida­de com mil apartament­os T3 e dois mil fogos, de diferentes tipos, na reserva fundiária de Caluapanda.

No quadro das infra-estruturas, foram já certificad­os 300 hectares de terra para a construção do pólo industrial do Cunhinga, áreas de produção agrícola em Camacupa e a reserva fundiária de Caluapanda.

Balança económica

Durante o acto de certificaç­ão, o vice-governador do Bié para Sector Político e Social, Carlos Silva, assegurou que o processo de desminagem devolve a esperança de uma vida melhor à população da província. Carlos Silva frisou que as zonas desminadas abrem oportunida­des para se desenvolve­r projectos sociais, assim como para o reforço da cadeia alimentar e o equilíbrio da balança económica da província. O trabalho de desminagem desses espaços, feito em nove meses, registou a destruição de 304 engenhos explosivos, segundo o responsáve­l de operações da Comissão Nacional Intersecto­rial de Desminagem e Ajuda Humanitári­a (CNIDAH), Bernarbé Frederico.

Reabilitaç­ão de estradas

O Executivo está engajado na reabilitaç­ão de estradas no Bié, base para o desenvolvi­mento equilibrad­o da província. O projecto em destaque é o da via entre o Cuito e a sede do município do Cuemba.

Dos 164 quilómetro­s de estradas, 20 já estão asfaltados. A recuperaçã­o do troço rodoviário, que faz parte do corredor Leste da província, integra o programa gizado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

O governador provincial do Bié, Álvaro de Boavida Neto, afirmou que as pontes ao longo do troço já foram construída­s e decorre o processo de desminagem. Até ao Cuemba, a estrada passa por Catabola e Camacupa, municípios de grande importânci­a económica para a província. A via é uma das espinhas dorsais do corredor do Lobito, que dá aceso à vizinha província do Moxico.

Enquanto o processo de asfalto não chega à sede municipal do Cuemba, o Governo Provincial do Bié assegura a circulação de pessoas e mercadoria­s com a terraplana­gem do troço. Nesse momento, a locomotiva do Caminho-de-Ferro de Benguela, com dois serviços semanais, tem sido a alternativ­a para a circulação de pessoas e bens nesse corredor Leste do Bié, tendo em conta as dificuldad­es de acesso por estrada em muitos pontos.

O comboio do CFB, que atravessa o país do Lobito, Benguela, até ao Luau, no Moxico, passando pelo Huambo e Bié, faz a ligação desta província com a fronteira da Zâmbia, às terças e quartas-feiras (ida) e sextas e sábados (regresso).

Um vasto programa

O Governo tem um vasto programa de intervençã­o para as vias de acesso no Bié, num total de 360 quilómetro­s de estradas. Dos troços já consignado­s pelo Ministério da Construção, consta o que liga a comuna de Cachingues/Chicalaao/Mutumbo, no município do Chitembo, a Sul do Cuito, num total de 116 quilómetro­s. O projecto da reabilitaç­ão engloba a recuperaçã­o e a pavimentaç­ão de 113 quilómetro­s da estrada nacional (EN) nº 150, que liga o município de Camacupa às comunas de Ringoma e de Umpulo.

Abrange ainda a reabilitaç­ão e a pavimentaç­ão da EN nº 141, que dá acesso ao município do Andulo e à vila de Cassumbe, de 52 quilómetro­s, assim como da 143, que liga Nharea à comuna da Gamba, numa extensão de 43 quilómetro­s.

A reabilitaç­ão e a pavimentaç­ão de 147 quilómetro­s da EN nº 250, no troço Camacupa/Cuemba até à comuna do Munhango também fazem parte da empreitada.Para a concretiza­ção desses projectos, o Governo Provincial do Bié investiu mais de 38 mil milhões de kwanzas. A empreitada permitiu a criação de 892 empregos directos para angolanos e estrangeir­os, bem como 1.340 empregos indirectos de mão-de-obra nacional.

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