Cuando Cubango precisa de médicos
EXPANSÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM ALDEIAS E COMUNAS Objectivo é descongestionar os hospitais de referência da região
O sector da Saúde a nível do Cuando Cubango precisa de mais de 90 médicos de várias especialidades, para prestar uma melhor assistência sanitária à população dos municípios, comunas, bairros e aldeias, revelou ontem, em Menongue, o seu director provincial.
Lucas Mirco Macai Dala realçou que a província tem uma necessidade global de mil técnicos, com realce para os referidos 90 médicos, para fazer cobertura às mais de 100 unidades sanitárias em toda a região.
Neste momento, os serviços sanitários são asseguradas por 1.525 profissionais, dos quais 37 médicos, 346 enfermeiros gerais e outros 567 auxiliares, 28 técnicos de diagnóstico e terapêutica de nível médio, cinco técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica na área de próteses e igual número de especialistas com formação superior em diagnóstico e terapêutica, além de 503 auxiliares administrativos.
O director sublinhou que a carência de médicos constitui uma das grandes preocupações da Direcção Provincial da Saúde, uma vez que a situação afecta muitos municípios, com realce para os de Nancova, Rivungo, Dirico e Mavinga.
Em função disso, defendeu a necessidade de envidar-se esforços para que todas as localidades do Cuando Cubango tenham, pelo menos, dois médicos para darem resposta às patologias mais frequentes, com destaque para a malária, doenças respiratórias e diarreicas agudas e anemia.
Para minimizar a situação, o Governo Provincial do Cuando Cubango realiza um concurso público, para admitir 67 novos funcionários no sector da Saúde, como confirmou ontem a presidente da mesa do jurado da referida prova de aceitação, Elsa Calenga.
Concurso público
Para concorrer às referidas vagas, estão inscritos 430 candidatos, que vão ser submetidos a testes de aptidão, entre os dias 12 e 14 de Outubro, na cidade de Menongue, segundo a presidente da mesa do jurado .
Elsa Calenga explicou que, para o concurso público, os candidatos entregaram, numa primeira fase, duas fotografias tipo passe, cópia do certificado de habilitações literárias e do Bilhete de Identidade, requerimento dirigido ao governador provincial e os seus números das ordens dos Médicos e dos Enfermeiros de Angola.
A presidente da mesa do jurado disse que das 67 vagas vão ser admitidos dez médicos internos gerais, sete técnicos superiores de primeira classe, outros cinco profissionais de nível superior e igual número de técnicos médios de diagnóstico e terapêutica, cinco enfermeiros licenciados, 30 enfermeiros de 3ª classe, um inspector superior e dois subinspectores médios. Na região, refira-se, estão a ser reabilitados e construídos postos médicos e centros de saúde, para descongestionar os hospitais de referência.