Construção de salas de aula está entre as prioridades
A construção de salas de aula, no quadro das acções que visam baixar o número de alunos fora do sistema de ensino, constitui uma das principais prioridades da Administração Municipal do Ambriz.
A administradora municipal do Ambriz, Joana Cabunde, explicou ontem que a construção das referidas salas de aula se enquadra no Programa de Investimentos Públicos (PIP) e vai ajudar a descongestionar as actuais escolas da região.
Actualmente, as escolas do município ainda apresentam salas com cerca de 80 alunos, o que representa uma violação às normas estabelecidas na Reforma Educativa, que orientam para 25 estudantes para cada turma.
Joana Cabunde mostrou-se ainda preocupada com o número muito reduzido de professores, daí apelar para a realização de um concurso público a nível do sector, para que se colmate esta situação.
Noutro campo, a administradora apelou à classe empresarial nacional e estrangeira para investir no município do Ambriz, por considerar que a região oferece todas as condições que favorecem a instalação de qualquer negócio. A administradora municipal do Ambriz aconselhou aos empresários e pessoas interessadas em investir no município para o fazerem, sobretudo nos sectores do turismo, comércio e agro-pecuária.
A responsável sublinhou que estes sectores contribuem para o engrandecimento da economia e possibilitam o aumento da oferta de emprego aos jovens da região.
Espaços turísticos
Joana Cabunde deu a conhecer que, para aliciar os investidores, a administração está a trabalhar na identificação de zonas turísticas, até agora desconhecidas, no loteamento de espaços e no melhoramento das vias rodoviárias.
A administradora do Ambriz assegurou que, apesar da crise económica e financeira que assola o país, a municipalidade está a fazer grandes progressos para o bem-estar da população, daí pedir a colaboração dos munícipes daquela região pesqueira do Bengo.
Para os próximos tempos, a administradora Joana Cabunde disse que se prevê a reparação das principais vias secundárias e terciárias do município do Ambriz.
O município do Ambriz conta com uma população estimada em 17.575 habitantes, que se dedica à pesca, comércio, caça e agricultura de subsistência, segundo a administradora Joana Cabunde.
O chefe da Estação de Desenvolvimento Agrário (EDA), na Damba, apelou para a recuperação dos cerca de 80 quilómetros da estrada que liga esta sede municipal à comuna do Lêmbua, no sentido de facilitar o escoamento dos produtos agrícolas.
Basílio Nunes disse que a degradação da referida via de acesso entre as duas localidades está a dificultar o escoamento dos produtos do campo para os principais mercados. Acrescentou que, devido às más condições de circulação no interior do município, que dificultam a presença de compradores e de meios de transporte, produtos como mandioca, batata rena e doce, abóbora, cebola, couve e citrinos apodrecem nos campos agrícolas.
O chefe da EDA avançou que os camponeses locais produzem alimentos diversos e em grande escala, mas as dificuldades para escoar os bens, principalmente durante a época chuvosa, constituem barreiras e desencorajam alguns produtores. O responsável explicou que o município controla 68 associações de camponeses e oito cooperativas agrícolas, que produzem principalmente mandioca, banana, feijão, milho, gergelim, jinguba, abóbora e hortícolas diversas.
Basílio Nunes esclareceu que a mandioca, apesar de ser o principal alimento da região, é hoje o produto que oferece maior rentabilidade económica aos agricultores locais, a julgar pela grande procura que se verifica actualmente.
“Nos últimos anos, apesar das dificuldades, os camponeses associados e pequenos agricultores intensificaram a produção da mandioca na região e a transportam, às vezes, para os grandes mercados”, informou.
Na época agrícola passada, os camponeses integrados em associações trabalharam 48 mil hectares, cujo rendimento atingiu níveis satisfatórios. “A intenção é aumentar a produção para mais de 50 mil hectares”, disse.
Basílio Nunes apontou a falta de máquinas de lavoura, de financiamentos bancários e de instrumentos básicos para o trabalho agrícola, como enxadas, catanas, limas, machados, além de motobombas e regadores, como as principais dificuldades que os camponeses do município da Damba enfrentam.
Referiu que a EDA da Damba tem vindo a prestar assistência técnica aos camponeses organizados em associações, cooperativas e aos pequenos agricultores. “Mas, isso tem sido insuficiente para satisfazer as necessidades dos associados”, realçou o responsável.
Localizado a 197 quilómetros da sede provincial do Uíge, o município da Damba está subdividido em quatro comunas e 312 aldeias. A sua população estima-se em mais de 175 mil habitantes.