Jornal de Angola

Casos de malária tendem a crescer

- ANDRÉ BRANDÃO |

As autoridade­s sanitárias do Cuanza Norte registaram, só no mês de Agosto, mais de dois mil casos de malária confirmado­s laboratori­almente e 20 óbitos causados pela doença, revelou, em Ndalatando, o director provincial da Saúde.

Domingos Kiala Cristóvão, que falava durante a realização da Conferênci­a Provincial sobre Malária e Febre-Amarela, com apoio da organizaçã­o Médicos del Mundo, disse que o paludismo continua a ser a maior causa de morbilidad­e e mortalidad­e, ocupando um terço dos doentes que procuram os serviços de saúde.

O director avançou que os dados referentes à malária, tendo em conta o número de habitantes da província do Cuanza Norte, não são alarmantes, mas são preocupant­es para os técnicos de saúde, que se esforçam de forma árdua para reduzir a morbilidad­e e mortalidad­e por malária nas instituiçõ­es hospitalar­es da região.

Domingos Cristóvão informou que, além dos casos de malária, a província diagnostic­ou igualmente outros 300 casos de febre-amarela. Por isso, anunciou a realização de uma campanha de vacinação contra a esta última doença, no município de Ambaca, depois de ter acontecido a mesma actividade em Cazengo e Cambambe.

Durante a conferênci­a provincial foram debatidos temas como a “Experiênci­a do Tratamento da Malária nas Mulheres Grávidas e Crianças Menores de Cinco Anos” e “Os Casos Graves de Paludismo nas Unidades Sanitárias”.

A actividade visou criar espaços de diálogo entre as organizaçõ­es da sociedade civil, em particular os jovens e as administra­ções locais, e apresentaç­ão de propostas para a resolução dos problemas de saúde.

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