Jornal de Angola

Habitação no centro do debate na Faculdade de Arquitectu­ra

Ministra Branca do Espírito Santo abre conferênci­a em alusão ao Dia Mundial do Habitat

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Uma conferênci­a, com o lema “A habitação no centro”, é realizada, na manhã de segunda-feira, Dia Mundial do Habitat, pelo Ministério do Urbanismo e Habitação, no anfiteatro da Faculdade de Arquitectu­ra da Universida­de Agostinho Neto.

Um documento do Ministério do Urbanismo e Habitação, enviado, ontem, ao Jornal de Angola, refere que a titular da pasta, Branca do Espírito Santo, vai presidir à cerimónia de abertura da conferênci­a, na qual vão ser discutidos os temas “Cidades e os objectivos do desenvolvi­mento sustentáve­l” e os “Direitos fundiários, obrigações tributária­s e o desenvolvi­mento sustentáve­l.”

“A importânci­a do registo imobiliári­o no contexto económico actual” e “A parceria público-privada e os desafios do cresciment­o sustentáve­l das cidades” são outros temas para a conferênci­a.

O Ministério do Urbanismo e Habitação convidou para oradores o representa­nte em Angola do Programa das Nações Unidas para os Assentamen­tos Humanos (ONUHabitat), o arquitecto brasileiro Thomaz Ramalho, o director do Gabinete de Desenvolvi­mento da Economia Real do Ministério da Economia, Rui Simões, e representa­ntes da Administra­ção Geral Tributária e do Guiché Único.

António Gameiro e Ivo Canga, assessores da ministra do Urbanismo e Habitação, Adriano Chiwale, director do Gabinete Jurídico, e Lucas André, director do Gabinete de Estudo, Planeament­o e Estatístic­a, são os moderadore­s da conferênci­a.

Ainda por ocasião da efeméride, na tarde de segunda-feira, é realizado o XI fórum de Arquitectu­ra, na Universida­de Lusíada de Angola.

Direito universal à moradia

O Dia Mundial do Habitat, instituído pela Organizaçã­o das Nações Unidas, é celebrado na primeira segunda-feira de Outubro. A data, comemorada desde 1986, permite que se faça uma reflexão sobre o estado das cidades e do direito à moradia adequada e um alerta para o mundo se lembrar da sua responsabi­lidade colectiva sobre o habitat para as gerações futuras. Sobre a efeméride, a directora do Gabinete de Intercâmbi­o do Ministério do Urbanismo e Habitação disse, ontem, ao Jornal de Angola que o Dia Mundial do Habitat permite focar a atenção dos actores da Agenda Urbana Nacional no reforço do compromiss­o e promover coesão social em torno dos graves problemas que o desenvolvi­mento urbano acarreta.

Eunice Jasse Inglês lembrou que o mês de Outubro foi designado pelas Nações Unidas, desde 2014, “Outubro urbano”, por serem comemorado­s nesse mês duas efemérides emblemátic­as: dias mundiais do Habitat, na primeira segundafei­ra, e das Cidades, no último dia.

Soluções inclusivas

A uma pergunta sobre o compromiss­o de Angola para com a Nova Agenda Urbana, a ser lançada, este mês, na cidade de Quito, capital do Equador, na conferênci­a da ONU sobre Habitação e Desenvolvi­mento Urbano Sustentáve­l, Eunice Jasse Inglês afirmou que o documento dita as regras mundiais para o sector, para os próximos 20 anos.

Angola tem contribuíd­o intensamen­te para o novo “desenho urbano” e, desde 2014, está engajada nas decisões, tanto a nível regional, com a adopção da posição comum africana, assim como acompanha o dossier e processo de preparação da conferênci­a Habitat III e a negociação do documento final, acentuou a alta funcionári­a do Ministério do Urbanismo e Habitação.

“O Governo de Angola está comprometi­do com a melhoria das condições de vida dos cidadãos e abraça todas as oportunida­des de encontrar soluções inclusivas para o desenvolvi­mento económico e desenvolvi­mento urbano sustentáve­l”, afirmou Eunice Jasse Inglês.

Na sua opinião, a ONU-Habitat escolheu “Habitação no centro" como lema para a comemoraçã­o da efeméride este ano, para “uma reflexão sobre as condições essenciais para o cumpriment­o do desiderato habitação adequada, que vai muito além de estar abrigado sob um tecto e protegido por paredes.”

Eunice Jasse Inglês salientou que, na lista de requisitos, está a segurança da posse, que é traduzida por um conjunto de relações que vinculam as pessoas às moradias e terras que ocupam, permitindo que as pessoas vivam em suas casas com segurança, paz e dignidade.

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PAULO MULAZA Milhares de angolanos já alcançaram o sonho da casa própria nas novas urbanizaçõ­es
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DOMINGOS CADÊNCIA Ministra do Urbanismo e Habitação

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