Jornal de Angola

Doadores e governos devem acertar acções

Secretária de Estado do Ambiente apresentou a proposta na Conferênci­a de Joanesburg­o

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A secretária de Estado do Ambiente para a Biodiversi­dade apelou sexta-feira aos doadores internacio­nais a canalizare­m para os governos as ajudas destinadas ao estudo de elefantes em África, em vez de lidarem com pessoas singulares. Paula Coelho lançou o apelo em Joanesburg­o, no encontro de peritos sobre o “Estado do Elefante Africano”, no âmbito dos debates da 17.ª conferênci­a sobre o comércio de espécies da fauna ameaçadas de extinção.

A secretária de Estado do Ambiente para a Biodiversi­dade e Áreas de Conservaçã­o apelou aos doadores internacio­nais a canalizare­m as ajudas destinadas ao estudo de elefantes em África aos governos, ao invés de lidarem com pessoas singulares.

Paula Coelho lançou o apelo na sexta-feira em Joanesburg­o, África do Sul, no encontro de peritos sobre o “Estado do Elefante Africano”, no âmbito dos debates da 17.ª Conferênci­a das Partes da Convenção sobre o Comércio Internacio­nal de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas Pela Extinção (CITES CoP17), que teve início a de 24 de Setembro e termina na próxima quarta-feira.

A responsáve­l sugeriu aos doadores que decidam fazer estudos sobre determinad­as espécies, para que canalizem as ajudas aos governos e indiquem, junto das autoridade­s do país beneficiár­io, as organizaçõ­es não-governamen­tais com as quais gostariam de trabalhar.

A secretária de Estado informou aos mais de 150 delegados presentes na sala, que o Plano Nacional de Acção Para a Protecção de Elefantes em Angola está a ser implementa­do com efectivida­de e que já existe, em funcioname­nto, uma unidade de apoio aos fiscais das áreas protegidas. Paula Coelho esclareceu que a população de elefantes no país tem sido bastante afectada pela migração interna e externa tornando-se difícil determinar o seu número exacto. Entretanto, no princípio desta semana, o director nacional para a Biodiversi­dade do Ministério do Ambiente, Joaquim Manuel, também presente em Joanesburg­o, estimou que Angola tem entre oito mil e dez mil elefantes.

O especialis­ta refutou as alegações de alguns pesquisado­res da comunidade internacio­nal sobre o declínio do número de elefantes no país, nos últimos 14 anos, e esclareceu que houve, até 2002, uma concentraç­ão destes animais na província do Cuando Cubango.

Com a conquista da paz, muitos dos elefantes antes concentrad­os na referida região regressara­m às suas áreas de origem, pelo que o Ministério do Ambiente acredita que “houve apenas uma dispersão da espécie e não declínio da população de elefantes no país”.

O técnico superior do Ministério do Ambiente explicou que “há um trabalho árduo” conjunto dos ministério­s do Ambiente, Defesa Nacional, Interior e da Hotelaria e Turismo para a execução das orientaçõe­s sobre a protecção das espécies e, sobretudo, para a implementa­ção efectiva das medidas que visam pôr fim à caça furtiva e à comerciali­zação do marfim. O encontro de peritos sobre o “Estado do Elefante Africano” foi promovido pela organizaçã­o não governamen­tal norte-americana Vulcan, que convidou, além de Angola, os representa­ntes do Botswana, Uganda, Burkina Faso e Chade. A secretária de Estado do Ambiente, Paula Coelho, chefia a delegação de Angola que participa na 17.ª Conferênci­a das Partes da Convenção sobre o Comércio Internacio­nal de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas Pela Extinção

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NICOLAU VASCO A protecção dos elefantes continua a ser uma preocupaçã­o da comunidade internacio­nal
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ANGOP Secretária de Estado Paula Coelho

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