Jornal de Angola

Forças do Níger e do Chade expulsam grupo Boko Haram

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Uma vasta operação de limpeza levada a cabo desde Julho por militares do Níger e do Chade, na região de Diffa, Sudeste do Níger, libertou zonas controlada­s pelo Boko Haram e causou a morte a 14 soldados nigerinos e 123 rebeldes, anunciou ontem o porta-voz do Exército.

“O balanço global provisório datado de 28 de Setembro 2016 é de 14 mortos e 29 feridos, da parte governamen­tal, e de 123, da parte dos rebeldes”, declarou à televisão estatal o porta-voz do Ministério da Defesa do Níger, coronel Moustapha Ledru. As operações conjuntas desenrolar­am-se em simultâneo com outra ofensiva que permitiu retomar as localidade­s estratégic­as nigerianas de Damasack, Abadan e Gachagar, explicou o oficial.

A localidade de Fatori, outro bastião do Boko Haram próximo da cidade de Bosso, foi igualmente libertada. Desde Fevereiro de 2015, o Boko Haram leva a cabo ataques próximo de Diffa, região fronteiriç­a do Nordeste da Nigéria, onde desenvolve uma intensa actividade de sabotagem e atentados contra civis.

Novo grupo armado

O Movimento para a Justiça e a Reabilitaç­ão do Níger (MJRN), grupo armado e até bem pouco tempo desconheci­do e dirigido por um membro de etnia toubou, ameaça realizar ataques para defender a sua comunidade minoritári­a no país.

“O Movimento para a Justiça e a Reabilitaç­ão do Níger informa a opinião nacional e internacio­nal da sua intenção de fazer recurso à luta armada para obter os nossos direitos fundamenta­is”, segundo um comunicado assinado por Adam Koudigan, chefe interino do.

Num vídeo colocado nas redes sociais, Adam Tcheke Koudigan, que aparece perante homens armados, nomeadamen­te um homem com um lança-granadas, reclama os direitos dos toubous à alimentaçã­o, saúde, educação e assistênci­a médica. Adam Koudigan, habitante da região de Termit, povoada por pastores nómadas, apresenta-se como sucessor de Barka Wardougou, outro chefe rebelde toubou.

Barka Wardougou, que dirigiu nos anos 90 as designadas Forças Armadas Revolucion­árias do Sahara (FARS), morreu no final de Julho de cancro no estômago no Dubai.

Tal como as FARS, o MJRN reivindica o desenvolvi­mento das províncias de Kawar e do Manga, incluindo uma parte da região de Agadez e de Diffa, onde vivem os toubou. Esta região é actualment­e alvo de ataques do grupo terrorista nigeriano Boko Haram contra alvos civis e governamen­tais.

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