Alto Comissariado da ONU preocupado com refugiados
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) manifestou inquietação com a situação de quase 100.000 pessoas cercadas na região sul-sudanesa da província de Yei, sitiada por forças do Governo.
“As forças do Governo cercaram e limitam o acesso à cidade de Yei, bem como impedem que as pessoas abandonem o local, sem dúvida porque suspeitam que apoiam os rebeldes. É tudo o que sei da situação”, disse o porta-voz do ACNUR, William Spindler.
O Sudão do Sul conquistou a Independência em Julho de 2011, após 25 anos de guerra civil. Mas o país voltou a entrar numa nova guerra civil em Dezembro de 2013. O conflito também tem uma componente étnica e causou dezenas de milhares de mortes.
A preocupação do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) foi manifestada na sextafeira, em Genebra, na Suíça.
A guerra no Sudão do Sul opõe as tropas do Presidente Salva Kiir, da etnia dinka, com as do rebelde Riek Machar, da etnia nuer.
Todas as partes envolvidas no conflito político-militar cometem crimes de guerra e, além disso, quase cinco milhões de sul-sudaneses, ou seja, um terço da população, enfrenta uma crise alimentar sem precedentes, segundo a ONU.
O número de refugiados do Sudão do Sul nos países vizinhos ultrapassou um milhão de pessoas, das quais 185 mil deixaram o país desde o começo dos actos de violência em Julho, segundo o ACNUR.
A maioria dos refugiados foram para o Uganda, enquanto uma nova vaga dirigiu-se para o Oeste da Etiópia, precisa o comunicado, indicando que outros preferiram partir para o Quénia, para a República Democrática do Congo e para a República Centro Africana.