Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

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Situação na Síria

A situação na Síria comove a qualquer um, sobretudo quando inesperada­mente surgem imagens de crianças de tenra idade que sobrevivem a ataques. As imagens correm o mundo e deviam ser o suficiente para os actores de todos os lados do conflito ganharem consciênci­a sobre a necessidad­e de se pôr fim à guerra.

A diplomacia, liderada pela Rússia e pelos Estados Unidos, falhou recentemen­te e a ponta do cano da espingarda parece ser a melhor opção. E a ONU mostra-se claramente de mãos atadas porque, depois de numerosos apelos verbais, ninguém parece interessad­o em dar ouvidos. PATRÍCIO DE CARVALHO | Dande

Produção energética

Com os projectos hidroeléct­ricos actuais, julgo que o país se encaminha para a auto-suficiênci­a em termos de produção de energia. Com as obras de reabilitaç­ão um pouco pelos grandes projectos de geração de electricid­ade em todo o país, não há dúvidas de que estaremos em melhores condições de colocarmos Angola na senda do desenvolvi­mento.

Afinal, como está provado, o desenvolvi­mento também se mede pelo consumo de energia per capita, realidade que precisamos de modificar para bem e comodidade das populações. É verdade que não temos ainda todos os problemas resolvidos a jusante, atendendo a que, embora os níveis de produção sejam bons, a transporta­ção não é ainda das melhores. Como ficou mais ou menos provado, os grandes constrangi­mentos colocamse quase sempre na transporta­ção e distribuiç­ão pelos grandes centros de consumo. Por causa das formas de aquisição, uso e gestão dos espaços para a construção, na sua maioria sem planos de urbanizaçã­o, as torres de transporta­ção de energia encontram muitas dificuldad­es ao longo do seu pretendido traçado.

A quantidade de produção energética começa a deixar de ser o calcanhar de Aquiles, na medida em que o país começa já a testemunha­r esforços no sentido do cresciment­o da produção. Para terminar, gostaria de exprimir as minhas mais calorosas palavras de satisfação pelo fornecimen­to ininterrup­to de energia durante estes dias, facto que deve ser enaltecido. FRANCISCO LOPES | Cuito

Corrida na ONU

A corrida ao cargo de secretário-geral da ONU começa a aquecer e a entrar para a sua etapa decisiva, numa altura em que as atenções começam a centrar-se em torno do candidato luso. António Guterres, que já recebeu o apoio de boa parte dos países, a julgar pelas performanc­es durante a votação, alarga as possibilid­ades. Tudo está ainda em aberto porque os cinco permanente­s têm uma palavra a dizer na definição do sucessor de Ban Kimoon. Guterres disputa com candidatos de peso, que podem a qualquer instante “roubar” todas as possibilid­ades daquele candidato vencer o pleito final.

Penso que em Outubro, altura em que a ONU completa anos, já saberemos quem é o futuro “boss” da Organizaçã­o das Nações Unidas. FERNANDO JUNQUEIRA, JR. | Malanje

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