Jornadas do Herói Nacional terminam em todo o
As Jornadas de reflexão sobre o 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional, terminaram sexta-feira em todo o país com a realização de fogueiras patrióticas em várias províncias, que contaram com sessões de música e dança, declamação de poesia, entoação de canções, exibições teatrais, entre outros atractivos.
Para este ano, as jornadas decorreram sob o lema “Com os Ensinamentos de Neto Diversifiquemos a Economia Nacional” e tiveram o ponto mais alto com o acto central do Dia do Herói Nacional, no dia 17 de Setembro, em Mbanza Congo.
O ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, que orientou o acto em representação do Presidente José Eduardo dos Santos, disse que Agostinho Neto alterou em definitivo a situação social e política dos angolanos, trazendo, a 11 de Novembro de 1975, a liberdade e a dignidade dos cidadãos que hoje constroem um país democrático e próspero.
João Lourenço falou da grandeza de Neto, enquanto político com dimensão internacional. “Agostinho Neto entrou para a história e será sempre recordado e citado como um lutador pela liberdade dos povos”, disse. Enquanto líder político e estadista, prosseguiu, Agostinho Neto derrotou o colonialismo português e edificou um Estado, do qual os angolanos se orgulham, que contribuiu para a proclamação da independência da Namíbia, Zimbabwe e África do Sul.
O ministro reprovou todas as tentativas de denegrir a personalidade e obra de Agostinho Neto, como líder político, poeta, estadista e humanista. Falharam, pura e simplesmente, disse. João Lourenço falou das obras literárias, que foram traduzidas em várias línguas, com destaque para o inglês, francês, alemão, espanhol e russo, e que constituem material de estudo e de investigação nas universidades de alguns países.
“Toda a história tem os seus heróis e a nossa está rica de exemplos de bravura de quem colocou a pátria acima de qualquer interesse. Esses heróis merecem todo o respeito e são por isso mesmo imortalizados no nosso Hino Nacional”, disse. Mausoleu Dr. António Agostinho Neto foi um dos locais mais visitados durante as Jornadas alusivas ao Dia do Herói Nacional
O bureau político do Comité Central do MPLA rendeu homenagem a todos os protagonistas da luta de libertação nacional, da paz e do desenvolvimento de Angola, em especial o Presidente Agostinho Neto. Num comunicado, a direcção do MPLA considera Agostinho Neto o maior Herói da Luta de Libertação Nacional, que soube liderar com bastante perspicácia e que deixou, como legado, a Independência do país do jugo colonial português, facto que orgulha os angolanos.
O MPLA considera que, volvidos 37 anos do seu desaparecimento físico, os seus ensinamentos continuam vivos, na edificação de uma verdadeira Pátria de trabalhadores, onde, também através deles, Angola está a diversificar a sua economia, promovendo o aumento da produção nacional, para diminuir as importações, aumentar os níveis de emprego e o rendimento das famílias.
“O Camarada Presidente Agostinho Neto projectou a revolução angolana na luta vitoriosa da humanidade inteira”, lê-se na mensagem, acrescentando que Neto é, assim, o símbolo de uma luta que, ultrapassando fronteiras, o colocou no patamar dos mais prestigiados líderes africanos da segunda metade do século 20.
“Convicto de que o mais importante é resolver os problemas do povo, o bureau político do Comité Central do MPLA encoraja o Executivo a prosseguir e a redobrar as acções, visando atingir tal desiderato, com o envolvimento de todos os angolanos, pois, só unidos vamos construir uma Angola melhor”, lê-se.
Encontros de reflexão
No Moxico, o acto de encerramento das jornadas decorreu no bairro Alto-Luena e foi testemunhado por membros do governo, estudantes universitários e militantes do MPLA. A fogueira patriótica serviu também para incutir na juventude o cultivo da dignidade e patriotismo, além da interpretação correcta dos conselhos, ensinamentos e mensagens do Presidente Agostinho Neto, contido nos seus discursos e poesias.
A primeira secretária provincial interina da JMPLA do Moxico, Irene Maquetcha, incentivou os jovens a seguirem o legado do Fundador da nação angolana, para sua melhor inclusão na sociedade, afirmando que Agostinho Neto foi um homem de bom senso e humanista, que sempre procurou lutar e defender os ideais dos angolanos e os direitos humanos.
Irene Maquetcha pediu ainda aos militantes, simpatizantes e amigos da JMPLA a continuarem a investigar a vida e os feitos de Agostinho Neto, com vista a aprimorarem os seus conhecimentos académicos e profissionais para contribuírem para o crescimento do país.
No Soyo, a fogueira contou com centenas de pessoas. O secretário para a Informação e Propaganda do comité do MPLA na província do Zaire, Miguel Filho, recordou que Agostinho Neto dedicou à juventude a causa mais nobre do povo angolano, deixando também patente a sua dimensão além-fronteiras.
Miguel Filho destacou também o papel de Neto na libertação de muitos países da opressão colonial,