Jornal de Angola

Verstappen motiva Red Bull

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Desde que Max Verstappen trocou de lugar com Daniil Kvyat no GP de Espanha, a Red Bull tem em mãos uma das duplas mais entusiasma­ntes da Fórmula 1. Jovens que, por direito próprio, à custa do seu talento, conquistar­am o seu lugar na modalidade, tanto Daniel Riccardo como Max Verstappen têm estofo para serem futuros campeões do mundo.

Há três anos com a equipa, o australian­o pode gabar-se de ter superado o então tetracampe­ão do mundo Sebastian Vettel, com quem dividiu o “pitlane” em 2014, e ainda de ter conquistad­o três triunfos contra zero do alemão no único ano em que conviveram em Milton Keynes. Mas a chegada de Max Verstappen à equipa poderia ameaçar o seu estatuto na Red Bull, para mais quando o holandês de 18 anos venceu a primeira corrida após a sua controvers­a mudança.

Os resultados desde aí revelam, no entanto, uma história bem diferente, mas Ricciardo assume que a presença de Max e a pressão que este trouxe obrigaram-no a dar um novo passo na sua condução.

“Penso que dei um passo em frente na minha carreira, na minha condução. Sempre senti que conduzia no limite, mas penso que a chegada do Max potenciou uma mudança. Estava a ter um bom desempenho em comparação com o Dany Kvyat, dos testes ao GP da Rússia. Mas depois o Max juntou-se a nós, e penso que temos dado um ao outro essa motivação extra. Penso que o Max também melhorou ainda mais a sua condução, tal como eu, e é bom saber que temos mais um bocadinho dentro de nós à espera de ser desvendado”.

O australian­o revelou depois que tinha curiosidad­e em medir-se contra o holandês: “É sempre entusiasma­nte ter um novo colega de equipa. Tenho a certeza que é um novo desafio e também uma nova pessoa da qual podes procurar aprender alguma coisa e melhorar os aspectos da tua condução. Essa parte é excitante. Mas claro que se ele chegasse à equipa e me desse “porrada” durante 10 corridas consecutiv­as a minha carreira podia ir por água abaixo. Existe sempre curiosidad­e, não diria nervos, mas pressão e curiosidad­e. Mas para mim é também excitante. Sabia o quão conceituad­o o Max era. Nunca tinha visto os seus dados de corrida e não sabia o que ele iria trazer para a equipa, mas sabia que ele não tinha medo de tentar e enfrentarm­e. E vi logo na primeira sessão de treinos livres em Barcelona que ele estava no limite do carro. Pensei, “isto vai ser excitante…”

O piloto afirma que ser capaz de se bater com o holandês só poderá fazer bem à sua carreira, tal como ocorreu quando teve Sebastian Vettel na equipa: “Quando tinha o Seb como colega, sabia que se conseguiss­e extrair o melhor dele e bater o tetracampe­ão do mundo, isso faria bem à minha carreira. E o mesmo se conseguir fazer com o Max, que é o novo puto aqui do sítio. Não tenho medo. Apenas entusiasmo”, concluiu.

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