Destacado o valor do algodão na diversificação da economia
O ministro da Agricultura, Marcos Alexandre Nhunga, reconheceu, no município do Quela, a importância do algodão para a economia nacional, por ser um produto de exportação e de aprovisionamento em matéria-prima para a indústria têxtil, óleo alimentar, sabão e ração alimentar.
Marcos Nhunga, que falava na abertura da mesa-redonda sobre o relançamento da cultura do algodão no país, e na província de Malanje em particular, lembrou que a história do algodão em Angola é de domínio público, particularmente pela população de Malanje que viveu de perto o massacre da Baixa de Cassanje, em 1961.
O ministro assegurou que vai ser possível tornar o algodão numa das culturas de maior importância, apesar da crise económica que o país atravessa.
A mesma opinião foi partilhada pelo governador provincial de Malanje, Norberto dos Santos, para quem o algodão constitui uma das culturas mais industrializáveis do país, por ter sido já um suporte da economia do país antes da independência nacional.
O governador referiu-se à região da Baixa de Cassanje que detém uma importância histórica única pelo facto de ter sido o local onde se desencadeou o esforço nacionalista que conduziu Angola à Independência Nacional, quando as populações locais se
revoltaram contra os colonialistas portugueses por causa das péssimas condições de trabalho a que os angolanos eram submetidos pelo jugo colonial.
Segundo Norberto dos Santos, o Governo Provincial decidiu realizar a mesa-redonda sobre o Relançamento da Cultura do Algodão no intuito de dar a sua colaboração na mobilização de vontades e capacidades para levar avante o amplo processo de aceleração da economia nacional. Norberto dos Santos referiu que a diversificação da economia constitui um dos principais suportes da estratégia da saída da crise, definida pelo Executivo e prevista no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017.