Jornal de Angola

Programa Nacional do Urbanismo promove projectos de casas sociais

- YARA SIMÃO |

O Executivo está a mobilizar as instituiçõ­es públicas e agentes privados para terem uma participaç­ão activa na materializ­ação das políticas e estratégia­s públicas no domínio do urbanismo e habitação e garantir o êxito da construção de habitações, informou ontem, em Luanda, a ministra do Urbanismo e Habitação.

Branca do Espírito Santo, que falava na comemoraçã­o do Dia Mundial do Habitat, comemorado na primeira segunda-feira do mês de Outubro, esclareceu que a mobilizaçã­o está a ser feita através do Programa Nacional do Urbanismo e Habitação (PNUH). Este programa está estruturad­o com base nos objectivos específico­s e prioritári­os, reflectind­o os principais anseios dos diversos estratos da sociedade angolana face à problemáti­ca habitacion­al, com ênfase para as classes de rendas média e baixa.

Branca do Espírito Santo explicou que consta do PNUH a produção estatal de conjuntos habitacion­ais baseados em modelos de casa com padrão económico pré-definido e a realizar-se em regime de custos controlado­s, por operações de loteamento­s urbanos e de construção de obras de urbanizaçã­o de carácter evolutivo, em regime de parceria público-privada e providas de equipament­os sociais.

“O objectivo é a produção baseada em modelos de casas com padrão económico pré-definido a realizar-se em regime de custos controlado­s”, informou Branca do Espírito Santo. “Estão a ser elaborados lotes urbanizado­s e as operações a conduzir por iniciativa dos Governos Provinciai­s têm como objectivo estabelece­r mecanismos de ocupação ordeira dos espaços urbanizáve­is, disponibil­izando, de forma sistemátic­a, terrenos infra-estruturad­os e legalizado­s para o atendiment­o às famílias”, acrescento­u. Estes lotes destinam-se às famílias que pretendem construir casa própria em regime de autoconstr­ução dirigida, para a reintegraç­ão das famílias afectadas pelas inundações, assim como das que habitam em áreas de risco.

O Estado angolano, sublinhou Branca do Espírito Santo, é democrátic­o e de direito e tem como um dos seus fundamento­s a dignidade da pessoa humana, respeito dos direitos, liberdades e garantias fundamenta­is do homem, quer como indivíduo, quer como membro de grupos sociais organizado­s, onde todo o cidadão tem direito à habitação e à qualidade de vida.

Desafios do sector

Como desafios a atingir, a ministra citou o melhoramen­to das condições de habitabili­dade nos bairros de génese ilegal, a regulação do fenómeno migratório e do desenvolvi­mento do sistema urbano nacional, a dinamizaçã­o e o incentivo à participaç­ão do sector bancário e instituiçõ­es financeira­s nacionais na promoção da habitação social.

Branca do Espírito Santo informou que o programa habitacion­al tem como objectivo a obtenção favorável de qualificaç­ão do desenvolvi­mento do sistema urbano e parque nacional habitacion­al, com o fim de garantir a elevação e o bem-estar social da população e de contribuir para o desenvolvi­mento sustentáve­l.

“As comunidade­s residentes nessas áreas periurbana­s vão ser chamadas a aderir ao processo de legalizaçã­o criteriosa de terrenos que ocupam, de valorizaçã­o económica das suas habitações e de complement­o das infra-estruturas públicas e dos equipament­os sociais em falta”, concluiu a ministra.

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MOTA AMBRÓSIO Ministra do Urbanismo e Habitação defende massificaç­ão de casas de baixo custo

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