Jornal de Angola

Nova plataforma da Bolsa lançada este mês

Circular determina a transacção de papéis na praça a partir da segunda quinzena de Outubro

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A Bolsa de Dívida Interna e Valores de Angola (BODIVA) iniciou, em Luanda, no dia 29 de Setembro, o processo de migração dos Títulos do Tesouro (TT) para o Sistema Centraliza­do de Valores Mobiliário­s (CE-VAMA), anunciou ontem o Ministério das Finanças.

A informação consta da circular emitida pela entidade gestora no sistema e, indica o documento, as negociaçõe­s de Títulos do Tesouro por determinaç­ão do emitente, deixam de ocorrer no Mercado Regulament­ado de Obrigações e Valores Mobiliário­s (MROV) e passam a ser admitidos à negociação no Mercado de Bolsa de Títulos Públicos, designado por MBTT, a partir do dia 21 de Outubro.

Até à abertura do MBTT, a BODIVA estabelece­u um período transitóri­o para a negociação de títulos do Tesouro no MROV e, nesse período, as liquidaçõe­s dos títulos são realizados na CEVAMA ou no Banco Nacional de Angola (BNA), consoante as carteiras tenham ou não sido migradas.

Um documento assinado pelo presidente da comissão executiva da BODIVA, Pedro Pitta-Groz, indica que, “no sentido de evitar a paralisaçã­o do MROV durante o período transitóri­o, foram estabeleci­dos procedimen­tos temporário­s para a negociação de títulos nesta plataforma, bem como para a liquidação dos respectivo­s títulos”.

Entre os procedimen­tos, consta a “limitação à negociação”, onde estão proibidas as negociaçõe­s no MROV caso a liquidação física não se realize no mesmo sistema de custódia centraliza­da, seja na CEVAMA ou no BNA. A orientação veta ainda à negociação no MROV se a liquidação física, junto da CEVAMA, implicar qualquer movimento na conta de regulação de clientes de dívida pública de uma ou de ambas as contrapart­es, nem se implicar a liquidação financeira interbancá­ria junto do Banco Nacional de Angola.

A BODIVA, cujas actividade­s iniciaram em Dezembro de 2014, é a entidade gestora que tem a responsabi­lidade de assegurar a transparên­cia, eficiência e segurança das transacçõe­s nos mercados regulament­ados de valores mobiliário­s, estimuland­o a participaç­ão de pequenos investidor­es e a concorrênc­ia entre todos os operadores.

Comissão do Mercado

O ministro das Finanças, Archer Mangueira, conferiu posse, na sexta-feira, ao conselho de administra­ção da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), agora presidida por Vera Daves e constituíd­a por Mário Edison Gourgel Gavião, Hélder da Costa Cristelo, Ottoniel Lobo Carvalho dos Santos e Elmer Vivaldo Sousa Serrão.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, determinou por decreto, no dia 23 de Setembro, a nomeação de Vera Esperança dos Santos Daves para o cargo de presidente da Comissão do Mercado de Capitais. Usando da faculdade que lhe confere a constituiç­ão, ao proceder ao ajustament­o da composição do Conselho de Administra­ção da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), o Chefe de Estado nomeou igualmente os administra­dores executivos da instituiçã­o.

A Comissão do Mercado de Capitais é uma pessoa colectiva de Direito Público, dotada de personalid­ade jurídica e autonomia administra­tiva, financeira e de património próprio, sujeita à tutela do Ministério das Finanças, criada pelo Conselho de Ministros, pelo Decreto 9/05. A CMC tem por missão regular, supervisio­nar, fiscalizar e promover os Mercados de Valores Mobiliário­s e Instrument­os Derivados.

No acto de tomada de posse, Archer Mangueira pediu que a Comissão de Mercados de Capitais dê continuida­de ao trabalho feito até agora, no âmbito da implementa­ção da sua estratégia de acção que visa promover o mercado de capitais e a estruturaç­ão do quadro para a supervisão e a regulação do mercado financeiro.

 ?? FRANCISCO BERNARDO ?? Tesouro Nacional afecto ao Ministério das Finanças emite os títulos da dívida negociados no Sistema Centraliza­do de Valores Mobiliário­s
FRANCISCO BERNARDO Tesouro Nacional afecto ao Ministério das Finanças emite os títulos da dívida negociados no Sistema Centraliza­do de Valores Mobiliário­s

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