Viola e a sua origem
A viola (também chamada viola de arco ou alto) é um instrumento musical com família completa, como o violino (de arco e quatro cordas), assemelhando-se visualmente a este, inclusive na maneira de se tocar. No entanto, possui um som mais encorpado, doce, menos estridente e mais grave, sendo o seu registo intermédio entre o violino e o violoncelo. Além destes três instrumentos, a família dos instrumentos de cordas friccionadas é composta também pelo contrabaixo.
Assim como outros instrumentos de cordas, as violas também podem ser amplificadas electronicamente. Muitos utilizam-na na música popular jazz e rock, mas a sua utilização mais comum é na clássica, principalmente em naipes de cordas de orquestras, ou em formações camerísticas como o quarteto de cordas.
A viola erudita (como também é conhecida) é o instrumento que mais se assemelha à voz humana. O seu timbre faz a voz contralto, enquanto o violino faz a soprano, o violoncelo a tenor e o contrabaixo a baixo.
Com as suas quatro cordas afinadas em Lá, Ré, Sol, Dó, a viola possui um notável poder expressivo de acento mais suave, recolhido e melancólico.
Grandes compositores, clássicos, românticos e modernos, apreciando as qualidades extremamente emotivas deste instrumento, escreveram obras muito importantes como concertos, sonatas e suites.
A viola foi criada entre os séculos XIV e XV. A primeira publicação relativa foi: régola rubertina em 1543, por Ganassi del Fontego.
A viola como a conhecemos hoje possivelmente surgiu da viola d'amore.
O seu tamanho é um pouco maior que o do violino, assim como o seu arco, e peso diferente. Porém, para se tocar o instrumento adopta-se uma técnica praticamente idêntica.
A palavra viola foi utilizada por muito tempo (antes do século XVI) para identificar genericamente qualquer instrumento de arco. Até fins do século XVl, havia mais de dez instrumentos com o nome de viola, dentre as quais a da braccio, a bastarda, a d´amore e a da gamba.
A viola como conhecemos hoje, evoluiu da da gamba para a de braccio – de braço, aliás, viola em alemão é bratsche, que é uma corruptela de braccio, tocada, apoiada um pouco abaixo do ombro, no peito.
A partir de meados do século XVII, as famílias Amati, Guarneri e Stradivarius, italianas, passaram a produzir violas mais parecidas com as de hoje em dia.
A diferença entre os timbres da viola e o do violino é claramente audível na sinfonia concertante (K.364) de Mozart.
Na música de câmara, a viola sempre teve um papel fundamental e faz parte da formação tradicional do quarteto de cordas.