Divisas atrasam vinda de estrangeiros
Equipa de Calulo é a única das grandes com os jogadores já disponíveis
As dificuldades enfrentadas pelos clubes nacionais para a compra de moeda estrangeira, nomeadamente dólares norteamericanos e euros, têm estado a atrasar o processo de contratação de jogadores “forasteiros” por parte das equipas seniores masculinas de basquetebol.
Sem possibilidades de lhes pagar em kwanzas, moeda nacional, os clubes angolanos são obrigados a negociar os contratos dos jogadores em moeda estrangeira e a transferir os valores, por norma para os países dos quais são oriundos.
O Recreativo do Libolo é até esta altura, das quatro equipas candidatas à conquista do título de campeã nacional, a única que já conta com os préstimos de dois jogadores estrangeiros, que os regulamentos federativos permitem inscrever. Trata-se dos norte-americanos Jekel Foster e Andre Harris.
Foster e Harris substituíram Jonathan Wallace e Roderick Nealy. Não é ponto assente que permaneçam no balneário, da formação agora orientada pelo espanhol Hugo López, de 41 anos. A incógnita prende-se ao facto de os regulamentos permitirem nova inscrições. 1.º de Agosto, campeão nacional, Petro de Luanda e Interclube continuam à espera da chegada do primeiro reforço forasteiro já assegurado, e da possibilidade de novas contratações.
Pelos militares do Rio Seco, às ordens do espanhol Ricard Casas, está garantida, apurou o Jornal de Angola, apenas a continuidade no plantel do francês Tariq Kirksay. A segunda vaga, aberta após a não renovação de contrato com o norte-americano Cedric Isom, continua por preencher no Clube Central das Forças Armadas Angolanas. Moniz Silva, vice-presidente para a modalidade da bola ao cesto dos rubro e negros, disse estarem no mercado em busca de um jogador “para colmatarmos a segunda vaga”, concluiu. Nos petrolíferos, Lazare Adingono, técnico de dupla nacionalidade, camaronesa e norte-americana, aguarda com plena certeza, segundo fontes do clube do Eixo Viário, pela chegada do americano Emmanuel Amauris “Manny Quezada”. Jason Cain, soube o JA, dificilmente volta a vestir de tricolor ao peito, por supostamente estar neste momento a representar uma equipa espanhola. Em declarações à Rádio Cinco, canal desportivo da Rádio Nacional de Angola, o vogal de direcção do Petro Atlético para o basquetebol, Artur Casimiro Barros, assumiu haver dificuldades de ordem financeira para fazer regressar os atletas estrangeiros. Mas assegurou: “contamos com eles para darmos continuidade ao nosso projecto”, disse mostrando-se confiante na breve resolução do empecilho. Orientados pelo português Alberto Babo, os polícias já têm o norte-americano, Roderick Nealy, confirmado. Nealy regressa assim, dois anos depois, à formação que veste de preto e azul. Babo é obrigado agora a decidir-se pela continuidade de Tommie Eddie ou Quintrell Thomas, também eles de nacionalidade norte-americana, provenientes da equipa da época passada.