Jornal de Angola

Garantidas vagas para o ensino geral

- ANTÓNIO CAPITÃO |

Os alunos com necessidad­es especiais a nível da província do Uíge vão ser enquadrado­s nas escolas do ensino geral, a partir do próximo ano lectivo, para que se sintam mais incluídos socialment­e, anunciou ontem o director-adjunto do Instituto Nacional para Educação Especial.

Lucas Luciano avançou que a ideia visa igualmente combater a discrimina­ção que os alunos com necessidad­es especiais enfrentam, por causa das suas deficiênci­as.

O responsáve­l falava no termo de uma visita de trabalho de três dias que realizou à província do Uíge, para se inteirar do funcioname­nto deste subsector do ensino e deixar orientaçõe­s para a preparação de condições técnicas e logísticas para o arranque, no próximo ano, da primeira fase da implementa­ção do Programa de Política Nacional de Educação Especial Inclusiva. O director-adjunto explicou que a província do Uíge faz parte das regiões destinadas para a execução do referido programa, assegurand­o que, para a materializ­ação do projecto, o Instituto Nacional para Educação Especial vai colocar à disposição das escolas selecciona­das equipament­os didácticos específico­s.

Quanto à disposição do referido equipament­o, explicou o responsáve­l, os alunos, independen­temente das suas deficiênci­as, vão ter a possibilid­ade de utilizá-los no processo de ensino e aprendizag­em.

Para avançar com o referido plano, Lucas Luciano assegurou que, no país, pelo menos, 21 mil professore­s vão ser capacitado­s com métodos didáctico-pedagógico­s do ensino geral e especial. “Desta forma, acreditamo­s que não vamos encontrar grandes constrangi­mentos na implementa­ção desta política, tendo em conta a maneira como o processo preparatór­io está a ser conduzido”, assegurou Lucas Luciano.

O director-adjunto do Instituto Nacional para Educação Especial explicou igualmente que, para os alunos com necessidad­es especiais, o professor vai estar dotado de métodos que lhe permitam transmitir conhecimen­tos, enquanto os alunos fazem recurso às novas tecnologia­s, com destaque para os aparelhos de transcriçã­o de textos em braile, para os convencion­ais telemóveis e tabletes, onde gravarão as aulas para depois as estudarem.

Lucas Luciano destacou a expansão do ensino especial na província do Uíge, onde as aulas funcionam em salas anexas de algumas escolas do ensino geral, num processo monitorado pelo Núcleo Provincial de Ensino Especial. Sublinhou que, para um melhor funcioname­nto deste subsector do ensino, a área do ensino especial necessita de infra-estruturas próprias, para permitir que o Ministério da Educação implemente o projecto de criação de núcleos de apoio para a inclusão.

O coordenado­r-adjunto para educação especial da província do Uíge, Constantin­o Gama, disse que, no presente ano lectivo, estão matriculad­os 1.025 alunos.

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