BANCO PÚBLICO
Direcção do BPC foi empossada e promete melhorar os serviços
O presidente para a Comissão Executiva do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Zinho Baptista Manuel, prometeu ontem melhorar os serviços da instituição, com mais responsabilização e mais humanização.
Zinho Baptista, que falava à margem da tomada de posse do novo Conselho de Administração do BPC, disse que, como quadro antigo da casa, tem a responsabilidade de assegurar e redobrar o trabalho.
“Neste momento, todas as valências são úteis e devem ser aproveitadas para que o banco se torne mais público e humano nos seus serviços”, referiu.Em relação ao crédito bancário, Zinho Baptista disse ser uma questão em pauta que deve ser vista nos próximos tempos, tendo em conta a disponibilização de recursos no mercado.
O ministro das Finanças, Archer Mangueira, que deu posse aos novos membros do Conselho de Administração, considerou o BPC uma instituição importante do sistema financeiro angolano e um pilar chave da economia, com impacto sistémico sobre o bem-estar dos cidadãos.
“Cuidar do BPC é cuidar do país”, informou Archer Mangueira, ao mesmo tempo que aconselhou a nova direcção a manter-se focada permanentemente na eficiência da instituição. “O banco vive um momento particular da sua história. Queremos sanear e reestruturar, para que sirva convenientemente o Estado, o seu único accionista”, referiu o ministro das Finanças.
Archer Mangueira afirmou que o Estado tem investido e vai continuar a investir recursos avultados no banco, pelo que “os administradores devem ser os primeiros guardiões dos recursos e da sua boa utilização, em benefício do interesse nacional”.
O crédito malparado no Banco de Poupança e Crédito (BPC) atingiu um saldo negativo de mais de 920 mil milhões de kwanzas, no segundo trimestre, seguindo um gráfico crescente, em relação ao resultado alcançado no trimestre anterior, cujo valor ronda os 856 mil milhões de kwanzas, indica o último balancete da instituição divulgado segunda-feira. Na sua generalidade, as demonstrações financeiras do banco apresentam saldos negativos em quase todas as principais operações, com o passivo a atingir um valor expressivo de menos 1,4 triliões de kwanzas, contra os anteriores 1,289 triliões negativos do primeiro trimestre.
A disponibilidade do Banco de Poupança e Crédito ronda os 83 mil milhões de kwanzas, contra os anteriores 128,456 mil milhões, e os créditos estão em torno de um trilião de kwanzas, contra os 945,38 mil milhões do primeiro trimestre.
O BPC registou, no segundo trimestre deste ano, um saldo negativo avaliado em mais de 920 mil milhões de kwanzas, do crédito parado, seguindo um gráfico crescente, em relação ao resultado alcançado no trimestre anterior, cujo valor ronda os 856 mil milhões de kwanzas.
Demonstrações financeiras
Na sua generalidade, as demonstrações financeiras do banco apresentam saldos negativos em quase todas as principais operações, com o passivo a atingir um valor expressivo de menos 1,4 triliões de kwanzas, contra os anteriores 1,289 triliões negativos do primeiro trimestre.
O Executivo decidiu mudar o modelo do governo do BPC, passando a ter um Conselho de Administração não Executivo e uma Comissão Executiva. Assim, Florência Dias Van-Dúnem ocupa o cargo de presidente do Conselho de Administração não Executivo.
Para o Conselho de Administração não Executivo foram nomeados administradores Rosa José Silvério Correia Victor, Júlio Ângelo da Cruz Correia, Djamila Hugette da Silva de Almeida Prata e Alcides Horácio Frederico Safeca.
Zinho Baptista Manuel ocupa o cargo de presidente para a Comissão Executiva do banco, que também é composta pelos administradores executivos João António Freire, Sebastião João Manuel, Sandra da Cunha Baptista, João Domingos dos Santos Ebo, Pedro Sérgio da Costa Pitta Groz e Carlos Manuel de Carvalho.