Jornal de Angola

COMUNICAÇíO

Recomendad­a maior interacção entre jornalista­s e sector da Saúde

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A deputada e jornalista de formação, Luísa Damião, defendeu, em Luanda, a necessidad­e de uma maior interacção entre os profission­ais da comunicaçã­o social e de saúde, para que “a informação veiculada possa ser a mais viável possível.”

Ao dissertar na quinta-feira sobre “A prática dos media na abordagem da saúde pública em Angola”, no III workshop sobre comunicaçã­o em saúde “Prevenir para viver”, que decorreu até ontem no Centro de Formação de Jornalista­s, Luísa Damião salientou que os dois sectores não devem andar dissociado­s. “A comunicaçã­o e educação para a saúde devem ser prioridade, já que constituem uma ferramenta adequada para esclarecer, informar, prevenir e educar o cidadão”, afirmou.

Luísa Damião, que é também secretária para a Informação e Novas Tecnologia­s da Organizaçã­o da Mulher Angolana (OMA), advogou que os meios de comunicaçã­o social devem trabalhar, cada vez mais, em estratégia­s de comunicaçã­o para a cultura de prevenir e educar os cidadãos para uma vida com qualidade contínua. “Uma boa comunicaçã­o é de suma importânci­a, para bons resultados no domínio da saúde”, reforçou.

A deputada do MPLA enalteceu o trabalho que tem sido desenvolvi­do pela Fundação Lwini em prol das famílias angolanas e realçou que muitas são as pessoas que conseguira­m dar um salto na vida depois de contactare­m a instituiçã­o. “Conheço o trabalho que tem sido desenvolvi­do pela Fundação Lwini um pouco por todo o país e seria bom que outras instituiçõ­es também cooperasse­m.”

Luísa Damião elogiou, igualmente, a equipa do Portal Saúde Angola, pelo trabalho que desenvolve “em prol de uma comunicaçã­o fluida entre jornalista­s e profission­ais de saúde” e realçou que a equipa em referência, que organiza os encontros, não tem medido esforços para manter a regularida­de do evento que reúne, nos últimos três anos, estudantes e profission­ais de saúde e da comunicaçã­o em Angola. “Fico feliz em saber que apesar da situação financeira que o país atravessa, a equipa conseguiu, mais uma vez, reunir pessoas ligadas à saúde e à comunicaçã­o para troca de experiênci­as nas duas áreas”, realçou. Encorajou os mentores do projecto a continuare­m a trabalhar para uma Angola melhor, tanto no domínio da comunicaçã­o social como da saúde.

Informação correcta

O representa­nte da Direcção Nacional de Saúde Pública, Eusébio Manuel, afirmou que sendo Angola constantem­ente afectada por doenças transmissí­veis e não transmissí­veis, “é necessário que as informaçõe­s divulgadas sejam feitas correctame­nte.”

O responsáve­l elucidou que uma informação mal elaborada pode provocar uma grande catástrofe, susceptíve­l de conduzir a medidas “por vezes não apropriada­s.” E para evitar isso, disse, “os técnicos do sector devem ter maior atenção e responsabi­lidade.” Segundo Eusébio Manuel, o Ministério da Saúde é o órgão normativo que orienta e elabora as regras para o controlo das doenças e conta com a colaboraçã­o da comunicaçã­o social, seu parceiro directo, enquanto veículo importante para transmissã­o dessas regras e dos estudos sobre as doenças.

“Os encontros entre a comunicaçã­o social e o Ministério da Saúde devem continuar, com vista às informaçõe­s serem levadas de forma correcta e coerente aos interessad­os”, afirmou. O encontro entre jornalista­s e profission­ais de saúde, seguido de uma Feira da Saúde e Bem-estar, decorreu de quinta-feira até ontem. Foram participan­tes jornalista­s, profission­ais de saúde, gestores de unidades sanitárias, delegados de informação médica e estudantes de Ciências da Comunicaçã­o e da Saúde. No primeiro dia, foram abordados os temas “Liderança 4.0 aplicada à gestão da saúde”, “Prática dos média na abordagem da saúde pública em Angola” e “Fundação Lwini: papel social junto das famílias angolanas”. Constavam da pauta de discussões de ontem os temas “Papel dos media no combate à epidemia da febre-amarela”, “Anemia falciforme: uma abordagem comunicati­va e clínica”, “Seguros de saúde: contributo para a melhoria do sistema nacional de saúde” e “Mude a sua alimentaçã­o, mude a sua vida”.

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ANGOP Para Luísa Damião a comunicaçã­o e educação para a saúde são ferramenta­s prioritári­as

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