Serviços prisionais apostam na agricultura
SOCIEDADE | 24
Reclusos do Estabelecimento Penitenciário do Cuanza Norte vão cultivar no presente ano agrícola cinco hectares de terras para o auto sustento da unidade prisional.
O facto foi anunciado sábado, em Ndalatando, pelo responsável dos Serviços Prisionais do Cuanza Norte, superintendente-prisional José Manuel Teixeira, durante o acto de abertura do ano agrícola naquele estabelecimento.José Manuel Teixeira indicou, igualmente, que a actividade destina-se ainda a proporcionar aos reclusos formação no sector agrário, a criação de hábitos de trabalho e aproveitamento racional da produção para o melhoramento da sua dieta alimentar e da dos efectivos. Referiu que dos cinco hectares de terra preparadas para o cultivo, três são de milho, enquanto os restantes dois estão reservados para o cultivo da mandioca e de outras culturas de consumo corrente como o feijão e amendoim. José Manuel Teixeira adiantou que além da actividade agrícola, os serviços prisionais no Cuanza Norte têm criado animais para a alimentação dos prisioneiros.
A actividade agrícola vai ser desenvolvida no campo de Camuaxi, a 13 quilómetros de Ndalatando, pertença da unidade prisional do Cuanza Norte, que conta com 25 hectares de terra, dos quais apenas oito estão a ser explorados.
Na última campanha agrícola, o campo produziu 14 toneladas de repolho e pequenas quantidades de couve, cenoura, pimento e tomate, Além da produção agrícola, o responsável frisou que estão em curso outras acções que visam a formação, reintegração e participação dos reclusos, como a escolarização, trabalhos de alvenaria, fabricação de materiais de construção como blocos, lancis, pavimentos e outros.
Programas de formação religiosa, com o apoio de associações e organizações não governamentais visando a mudança de comportamento dos reclusos, são outras das acções em curso no estabelecimento prisional da província do Cuanza Norte.