Novo pólo no Lubango
Um novo Pólo de Desenvolvimento Industrial é criado este ano na centralidade da Eywa, arredores do Lubango, pela Direcção da Indústria Geologia e Minas da Huíla, numa área de 400 hectares.
A Angop citou ontem a directora destes serviços a afirmar que o pólo prevê a implantação de unidades de transformação de rochas ornamentais, produção de alimentos, vestuário e materiais de construção.
Paula Joaquim referiu-se a empresários interessados em instalar já fábricas de componentes para casas pré-fabricadas, de rações, cimento e transformação de rochas ornamentais (granito negro) e o processo só não avançou mais devido a algumas obrigações que estão a ser tratadas junto dos ministérios da Geologia e Minas e da Indústria, disse Paula Joaquim, que acrescentou: “Com a criação da nova zona, prevê-se gerar mais oportunidades para as empresas que operam na província da Huíla, a fim de dinamizar a exploração de granito negro e a sua transformação em unidades fabris da região, assim como impulsionar a indústria alimentar e de vestuário.”
A criação da nova zona vai garantir que mais empresas tenham a oportunidade de trabalhar na área, bem como oferecer maior número de postos de trabalho aos jovens.
Gestores das áreas de supervisão e regulação do Banco Nacional de Angola (BNA), incluindo o governador da instituição, Valter Filipe, e representantes dos principais bancos angolanos e da associação representativa do sector, a Abanc, reuniram terça-feira, em Washington, com a Associação de Bancos e Reguladores Americanos (ABA) e com as instituições financeiras de primeiro escalão da banca norte-americana.
O objectivo dos contactos foi apresentar o plano de adequação do sistema financeiro angolano às normas prudenciais e boas práticas internacionais, mostrando os avanços efectuados de como ir ao encontro das normas de regulação vigentes tanto nos Estados Unidos como na Europa, que hoje são mais apertadas.
Intervenções da associação de bancos americanos, da Unidade de Informação Financeira, de bancos comerciais angolanos e americanos dominaram o encontro, que se centrou no aprimoramento ao combate ao branqueamento de capitais e de financiamento ao terrorismo.
À mesa, esteve ainda a supervisão comportamental e prudencial, tecnologias de informação, formação de recursos humanos e o compliance, tendo ficado sinalizada a assinatura de um memorando de entendimento entre as respectivas associações bancárias. O Banco Nacional de Angola trabalha agora com o Reserve Bank, da África do Sul, o Banco de Portugal, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, com o objectivo de mostrar o quadro actual da banca angolana.
Trata-se de uma frente ampla nacional, envolvendo o banco central e a banca comercial nacional, a qual actua nos centros financeiros mundiais, no sentido de trazer credibilidade ao sistema financeiro angolano, com a única finalidade de desbloquear o problema existente nas relações com os bancos correspondentes internacionais.
Na agenda do Banco Nacional de Angola, constam encontros com os departamentos de Estado norteamericano, de Justiça e do Tesouro. As instituições com quem o BNA já manteve encontros são o Bank of América, Exim, United Bank, World Bank, Ted Bank, Orchard Wealth and Legacy Management, Citibank e Capital One.
O encontro de terça-feira em Washington, com a Associação de Bancos e Reguladores norte-americanos e grandes instituições financeiras dos Estados Unidos, contou com a presença do embaixador de Angola nos Estados Unidos, Agostinho Tavares, e com a directora executiva angolana da 25ª Constituência do Banco Mundial, Ana Dias Lourenço.
A missão angolana está em Washington desde o início deste mês, tendo já participado das reuniões estatutárias das instituições de Bretton Woods e mantido vários encontros com investidores, em painéis organizados pelos bancos VTB Capital, Standard Bank e JP Morgan, em que foram partilhadas informações relevantes para os mercados financeiros internacionais.