Jornal de Angola

ADRA considera muito reduzida protecção social dos mais pobres

- KÁTIA RAMOS |

AAcção para o Desenvolvi­mento Rural e Ambiente (ADRA) considera ser ainda muito reduzida a protecção social para a camada mais vulnerável do país. Essa conclusão consta de um estudo feito pela ADRA em parceria com a UNICEF.

O director da ADRA, Belarmino Jelembi, informou quinta-feira em Luanda, durante um jango temático sobre o Orçamento Geral do Estado (OGE), que actualment­e o fundo para a protecção social é muito limitado, estando estimado em menos de cinco por cento da atribuição sectorial. Belarmino Jelembi defende o aumento deste fundo.

Uma das principais preocupaçõ­es levantadas, é o facto de mais de metade da atribuição do sector ser classifica­da como estimada aos serviços de protecção social não especifica­dos, não havendo evidências que os fundos sejam investidos em intervençõ­es de protecção social de base.

AADRA procura, com encontros como o de ontem, enriquecer o conhecimen­to de diferentes actorescha­ves desta área e aproximá-lo do conhecimen­to da sociedade, de modo a partilhar ideias claras sobre o processo de orçamentaç­ão do sector de protecção social e como este influencia a mitigação do impacto da crise nas camadas mais vulnerávei­s da população.

O país precisa de dar maior atenção às acções sociais não contributi­vas (protecção social), disse. No ano passado, foi criada uma parceria entre a UNICEF e a ADRA, no âmbito do projecto de gestão das finanças públicas, para facilitar o acesso à informação sobre o OGE. A finalidade é de promover a “literacia orçamental” dos cidadãos e do pessoal em instituiçõ­es públicas da sociedade civil, bem como a promoção de debates públicos. A parceria entre as duas instituiçõ­es serve para estabelece­r uma cooperação para a produção de documentos de análise do OGE de 2016.

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JOSÉ COLA Director da ADRA defende que se deve dar mais atenção às acções sociais não contributi­vas

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