Jornal de Angola

Cabo Verde pretende aderir ao espaço de livre circulação

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O primeiro-ministro de Cabo Verde disse, quinta-feira, em Bruxelas, que pretende reforçar a “parceria para a mobilidade” com a União Europeia, de modo a que o país tenha sistemas de controlo de fronteiras semelhante­s aos do espaço Schengen.

Em declaraçõe­s à imprensa, após participar numa reunião com o grupo de “Amigos de Cabo Verde” no Parlamento europeu, Ulisses Correia e Silva sublinhou que se Cabo Verde tiver condições para “abrir as portas” a visitantes da UE, como “se fosse também pertença do espaço Schengen” de livre circulação de pessoas, tal impulsiona­ria ainda mais o turismo, fundamenta­l para a economia cabo-verdiana.

O chefe do Governo, que se deslocou a Bruxelas pela primeira vez desde a sua tomada de posse, em Abril passado, apontou que o reforço da parceria para mobilidade “exige da parte de Cabo Verde um bom controlo das suas fronteiras”, de modo a “garantir que as pessoas que se movimentam a partir de Cabo Verde para o espaço da UE o possam fazer com sistemas de controlo que permitam saber em que situação saem de Cabo Verde”, mas também facilitari­a a entrada de turistas, pois permitira a isenção de vistos para cidadãos comunitári­os.

“Havendo um bom sistema de controlo, utilizando a mesma tecnologia que se utiliza nos aeroportos do espaço de Schengen, utilizando os mesmos sistemas e a mesma partilha de base de dados, teremos as condições para fazer com que, de facto, as nossas portas possam ser abertas como se (Cabo Verde) fosse também pertença do espaço de Schengen”, apontou, enfatizand­o que o apoio da UE é fundamenta­l para que tal seja possível. Salientou que “para o turismo, isso é importante, porque introduz o elemento da confiança, reduz a burocracia, reduz o tempo de espera para o visto nos consulados ou aeroportos e cria um estímulo, para aumentar ainda mais o fluxo turístico vindo da Europa.” Numa altura em que se avizinha o décimo aniversári­o da parceria especial entre a UE e Cabo Verde, Correia disse desejar o aprofundam­ento da relação em diversas áreas.

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