Trump pode solucionar clima de tensão mundial
Oficiais do Pentágono admitem condições perigosas para Terceira Guerra Mundial
Donald Trump, o candidato republicano à Casa Branca, está a ser apontado pelos seus apoiantes como boa possibilidade para evitar uma Terceira Guerra Mundial, depois de especialistas norte-americanos admitirem que a tensão política e militar coloca o Mundo mais próximo do colapso.
Os especialistas em segurança alertam que a Terceira Guerra Mundial, que para muitos críticos já começou, vai-se desenrolar a uma velocidade que os seres humanos nem vão conseguir acompanhar, devido ao facto de a inteligência artificial provavelmente coordenar todas as acções.
O número de mortos, nesse caso, pode aumentar exponencialmente. Uma alta patente do Pentágono (Ministério da Defesa dos EUA) confirmou que existe uma boa possibilidade de a inteligência artificial e “armas inteligentes tomarem conta do cenário das operações, com larga vantagem de os países que dominam este manancial chegarem a lugares sem sequer moverem unidades humanas”.
O Major-General William Hix disse que “um conflito convencional num futuro próximo vai ser extremamente letal e rápido e nós mal vamos conseguir cronometrá-lo”.
“A velocidade dos acontecimentos pode ultrapassar a nossa capacidade humana de acompanhá-la”, insistiu. O Major-General em nenhum momento faz menção aos Estados Unidos e à Rússia, os países mais avançados em tecnologia militar e que neste momento estão muito perto de apertar o gatilho e começar, na prática, a tão receada Terceira Guerra Mundial. Os apoiantes de Donald Trump sugerem que “os norte-americanos têm uma escolha a fazer e que a mesma, mais do que eleger o próximo Presidente, pode ser a escolha entre a guerra e a paz, entre a destruição e a segurança do Mundo.” O candidato republicano mostrou ideias bem claras sobre como evitar a guerra e como voltar a cooperar com a Rússia e com o Irão. Donald Trump é a favor de um entendimento global para combater o “Estado Islâmico”. Ele chegou a citar, no último debate com Hillary Clinton, o Presidente sírio Bashar al-Assad, como o homem que está fortemente empenhado em derrotar o “EI”.
As ideias de Donald Trump sugerem uma alteração substancial da política externa dos Estados Unidos, o que torna praticamente impossível a sua eleição, mais do que as suas posições extremadas contra os imigrantes, por exemplo.
O Major-General William Hix, que rejeita fazer um juízo sobre a posição dos Estados Unidos em relação ao conflito na Síria, afirma que “a velocidade em que as máquinas vão tomar decisões no futuro provavelmente desafia a capacidade humana e exige uma nova relação entre homem e máquina”. No início deste ano, oficiais do Pentágono advertiram que o Mundo está a entrar numa corrida a armas robóticas.
O resultado pode envolver armas como o “Exterminador”, filme protagonizado por Arnold Schwarzenegger. O General da Força Aérea, Paul Selva, vice-presidente dos Chefes de Estado-Maior no Pentágono, admitiu que a tecnologia pode levar os sistemas robóticos a tornarem-se superiores a soldados humanos, “um verdadeiro perigo, pela falta de consciência”.
O general Paul Selva diz que a chave para o controlo é garantir que as máquinas não possam decidir matar por si só, sem aprovação de um humano. A ONG “Human Rights Watch” adverte que robôs capazes de “tomar essa decisão” por si só podem já fazer parte da realidade, ou ser viáveis, pelo menos dentro de algumas décadas.
Ataque cibernético
O Governo dos Estados Unidos está a planear executar um ataque cibernético “sem precedentes” contra a Rússia, em represália à suposta ingerência de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas, indicaram na sexta-feira fontes dos serviços de inteligência à cadeia de televisão NBC. Funcionários com conhecimento directo da situação explicaram que a Agência Nacional de Inteligência (CIA) foi incumbida de apresentar opções à Casa Branca para uma operação clandestina e de amplo alcance cibernético contra os russos. As fontes consultadas pela emissora NBC não deram mais detalhes sobre as medidas exactas consideradas pela CIA, mas indicaram que a agência já tinha começado a seleccionar alvos e a fazer preparativos para o ataque.
Resposta de Moscovo
O cenário de uma Terceira Guerra Mundial é remoto, mas quem ligar a televisão na Rússia vai surpreenderse ao saber que, na verdade, ela já começou. Na principal estação pública do país, o apresentador do principal programa de domingo à noite anunciou que as baterias antiaéreas russas na Síria vão “derrubar” aviões norte-americanos.
O canal de notícias 24 horas Rossia 24 exibiu uma reportagem sobre a preparação de abrigos anti-nucleares em Moscovo. Na rádio, debatese sobre exercícios de Defesa Civil, os quais, segundo o Ministério de Situações de Emergência, mobilizam 40 milhões de russos durante uma semana. O objectivo é preparar evacuações de edifícios e simulações de incêndio.Se o visitante preferir passear pelas ruas de Moscovo em vez de ver televisão, é muito provável que esbarre num dos imensos grafites patrióticos sobre a guerra.