Jornal de Angola

É preciso urbanizar o musseque

REPRESENTA­NTE DA ONU-HABITAT EM ANGOLA Thomaz Ramalho defende visão integral para a erradicaçã­o dos assentamen­tos informais

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“Consideram­os o exemplo de Angola, da Etiópia e da África do Sul como possibilid­ades concretas para todo o continente se espelhar e colocar a urbanizaçã­o e a habitação no centro da sua agenda de desenvolvi­mento”

É a segunda grande entrevista que concede a um órgão de informação nacional desde que chegou a Angola, em Outubro do ano passado, para representa­r a ONU-Habitat, uma agência que está no país a convite do Executivo para o assessorar, por intermédio do Ministério do Urbanismo e Habitação, na execução da Política Nacional de Ordenament­o do Território e Urbanismo e em questões relacionad­as com o vasto domínio do habitat. A entrevista é uma autêntica aula sobre assentamen­tos humanos e desenvolvi­mento urbano sustentáve­l, assunto sobre o qual Thomaz Ramalho, arquitecto urbanista brasileiro, actualment­e com 36 anos, fala com paixão, por ser um tema que está no centro das prioridade­s dos decisores políticos mundiais, com o objectivo de tornarem o planeta Terra um lugar para se viver cada vez melhor e de forma inclusiva. À procura do sonho global, a ONU-Habitat, em parceria com os países-membros das Nações Unidas, discute a Nova Agenda Urbana, documento programáti­co que vai ser adoptado na terceira Conferênci­a sobre Habitação e Desenvolvi­mento Urbano Sustentáve­l, também conhecida por Habitat III, que a capital do Equador, Quito, alberga durante quatro dias, a partir de amanhã. O importante encontro mundial está na origem da entrevista concedida ao Jornal de Angola por Thomaz Ramalho na sua residência, onde nos recebeu com a cordialida­de própria dos brasileiro­s. NHUCA JÚNIOR |

Jornal de Angola - Tem sido enriqueced­or, para o seu percurso profission­al, trabalhar em Angola?

Thomaz Ramalho

- Sem dúvida. Eu vim para Angola muito jovem. Agora tenho 36 anos, mas, quando vim pela primeira vez, tinha 25 anos. Angola é a minha segunda missão internacio­nal profission­al depois do Cambodja. Quando cheguei a Angola pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD), fui para a província do Uíge trabalhar num projecto sobre descentral­ização e governação local. Por causa do trabalho desenvolvi­do, regressei a Luanda, de onde levei a experiênci­a que tive no Uíge para o resto do país, com o apoio do Ministério da Administra­ção do Território. O então viceminist­ro da Administra­ção do Território, Mota Liz, liderava na altura o processo de descentral­ização, que esteve na origem da criação da Lei n.º 17/10 de 29 de Julho, que trata das orgânicas das administra­ções municipais, a fim de serem transforma­das futurament­e em autarquias. Naquela altura, envolvime também no sector do ensino em Angola. Em relação à minha experiênci­a profission­al, devo bastante a Angola. Tenho a sorte de trabalhar num país que tem muitos laços com o meu país de origem, o Brasil.

Jornal de Angola - O Mundo está preparado para alcançar até 2030 o objectivo 11 da Agenda de Desenvolvi­mento Sustentáve­l, que é “tornar as cidades e os assentamen­tos humanos inclusivos, seguros, resistente­s e sustentáve­is”?

Thomaz Ramalho

- O objectivo de desenvolvi­mento sustentáve­l número 11 foi uma conquista. Muitos chamam também ao objectivo 11 de objectivo de desenvolvi­mento sustentáve­l urbano, porque trata das cidades especifica­mente e de todas as suas metas. É um objectivo bastante ambicioso. Tem de haver uma concertaçã­o muito grande da comunidade internacio­nal para que consigamos terminar com os musseques, os chamados assentamen­tos informais, diminuir os riscos das cidades a catástrofe­s, que é uma das questões para a resiliênci­a, tornar as cidades mais seguras, com melhor segurança para todos os cidadãos, e sobretudo mais inclusivas, sem as diferenças sociais e de assentamen­tos que existem hoje. Eu sou optimista. Parte do trabalho da ONU-Habitat é apoiar os governos na materializ­ação deste objectivo mais específico. Eu pretendo, nos próximos 15 anos de carreira profission­al, apoiar não só Angola como outros países na materializ­ação deste objectivo. É de facto um objectivo bastante ambicioso.

Jornal de Angola - Quando diz que o objectivo é acabar com os musseques, este processo passa pela sua requalific­ação ou pela construção de uma nova área habitacion­al?

Thomaz Ramalho

- Tem que se ter uma visão muito integral sobre a erradicaçã­o dos musseques. A ONU-Habitat defende duas abordagens. Temos que ter uma abordagem preventiva, que não permita que surjam novos musseques, e uma abordagem correctiva. Dentro da abordagem preventiva está a construção de moradias de interesse social, para os segmentos mais pobres da sociedade, que não têm capacidade de poupança para entrarem nos mecanismos formais de aquisição de habitação. Essas pessoas poupam muito pouco por mês e não conseguem um empréstimo bancário para comprar uma casa. Tem que haver um tratamento especial para essa camada da população, por ter um nível de pobreza ou incapacida­de de poupança. Sobre a abordagem correctiva, já chegámos à conclusão de que a melhor maneira não é o realojamen­to em novas áreas, mas sim a manutenção nas próprias áreas.

Jornal de Angola - Porquê? Thomaz Ramalho

- Há uma inteligênc­ia quando as pessoas se localizam num determinad­o território. Todo o mundo tenta optimizar algumas questões. A questão essencial para a capacidade de poupança, principalm­ente dos mais pobres, é o que eles gastam com o transporte. Muitas vezes, quando se resolve um problema de moradia de uma pessoa mais pobre, que é realojada no Zango, onde recebe uma casa com melhores condições do que o casebre que tinha, por exemplo, na Ilha de Luanda, ela fica com a vida complicada, porque agora passa a gastar, digamos, cinco “candonguei­ros” para vir e cinco para voltar, o que dá mais ou menos 1.500 kwanzas, que, se forem multiplica­dos por vinte dias úteis, vão dar trinta mil kwanzas, que é maior do que o salário mínimo nacional. Fica complicada a capacidade de poupança das pessoas, quando são retiradas de um lugar onde inicialmen­te escolheram para viver, porque há uma inteligênc­ia naquela escolha.

Jornal de Angola - O que faz exactament­e a ONU-Habitat nos países onde tem representa­ção?

Thomaz Ramalho

- Apoiamos os governos, de uma maneira geral, nas questões que estão intrínseca­s ao

“Consideram­os o exemplo de Angola, da Etiópia e da África do Sul como possibilid­ades concretas para todo o continente se espelhar e colocar a urbanizaçã­o e a habitação no centro da sua agenda de desenvolvi­mento”

“Angola é um país estratégic­o para a questão da habitação e urbanizaçã­o em África. Queremos continuar em Angola. A nossa intenção é que Angola funcione como uma espécie de escritório subregiona­l para a África Lusófona”

nosso mandato. Estão intrínseca­s ao nosso mandato as questões ligadas ao território e à urbanizaçã­o, em todos os seus aspectos e dimensões. Sabemos que a urbanizaçã­o é um processo complexo e amplo, com ligações, por exemplo, à economia, à sociologia e à geografia. Nós temos um mandato que, na realidade, em termos de temas, é bastante amplo, mas sempre circunscri­to à questão territoria­l, da planificaç­ão e da urbanizaçã­o. O nosso mandato, definido há vinte anos no Habitat II, era “garantia de moradia digna para todos e promover o desenvolvi­mento urbano sustentáve­l”. Não é à toa que o nome do Habitat III é Conferênci­a das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvi­mento Urbano Sustentáve­l. O Habitat II teve como designação Conferênci­a das Nações Unidas sobre os Assentamen­tos Humanos.

Jornal de Angola - Não é uma utopia pensar-se em desenvolvi­mento urbano sustentáve­l quando sabemos que o Mundo ainda está cheio de contrastes sociais e económicos?

Thomaz Ramalho

- É uma utopia de facto, porque temos diversas questões para serem resolvidas. Há uma pergunta que sempre acho interessan­te fazer, que é a seguinte: o que é mais importante entre colocar primeiro a fibra óptica ou o esgoto? O que é mais importante entre desenvolve­r a Baixa de Luanda e Talatona como pólos económicos e melhorar os musseques? Na verdade, não há uma resposta concreta. As duas coisas têm que ser feitas em paralelo, em cidades dos países em desenvolvi­mento como Angola, Brasil e boa parte da Ásia. Na realidade, temos que ir à procura do desenvolvi­mento urbano sustentáve­l, ao mesmo tempo em que melhoramos os assentamen­tos informais, que são extremamen­te precários. Uma coisa não anula necessaria­mente a outra. A abordagem tem que ser conjunta.

Jornal de Angola - Como a ONU-Habitat avalia o grau de execução do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação?

Thomaz Ramalho

- O Programa Nacional de Urbanismo e Habitação é bastante ambicioso e corajoso. A meta de um milhão de casas, anunciada pelo Presidente José Eduardo dos Santos, em 2008, no Dia Mundial do Habitat, é bastante ambiciosa. Em termos quantitati­vos, o programa foi muito bem executado na sua componente de habitação produzida pelo Governo. A construção de habitação pelo Estado já ultrapasso­u inclusive a meta. O que falta ainda no Programa Nacional de Urbanismo e Habitação é uma maior produção de habitação pelo sector privado, com o concurso dos bancos, que infelizmen­te não aderiram para o financiame­nto como se esperava. Há necessidad­e de haver um quadro legal para que os bancos se sintam seguros para fazer empréstimo­s. Esse é o grande constrangi­mento. A segunda componente tem a ver com a auto-construção dirigida, que deveria ser a maior parte de habitações. Essa componente ainda não arrancou de maneira efectiva. Nós, ONU-Habitat, vamos continuar a apoiar o Governo através da assessoria técnica.

Jornal de Angola - A ONU-Habitat afirmou publicamen­te que o projecto de construção de um milhão de casas em Angola é um exemplo para África. Qual é a realidade de África no que toca à habitação?

Thomaz Ramalho

- Estamos presentes em vários países africanos. À semelhança de Angola, a Etiópia e a África do Sul também investiram seriamente na habitação nos últimos anos. Nós consideram­os sempre o exemplo de Angola, da Etiópia e da África do Sul como possibilid­ades concretas para todo o continente africano se espelhar e colocar a urbanizaçã­o e a habitação no centro da sua agenda de desenvolvi­mento. O programa de construção de um milhão de casas representa um investimen­to concreto na parte habitacion­al, ainda que não tenha beneficiad­o, na nossa visão, os mais pobres. Resolveu uma questão habitacion­al para a juventude, que conseguiu adquirir moradias nas novas urbanizaçõ­es. Angola é um país estratégic­o para a questão da habitação e urbanizaçã­o em África. Queremos continuar em Angola. A nossa intenção é que Angola funcione como uma espécie de escritório sub-regional para a África Lusófona.

Jornal de Angola - Quando se fala em desenvolvi­mento urbano sustentáve­l, fico, como leigo, com a impressão de que os decisores políticos no Mundo colocam num plano secundário os direitos das pessoas do meio rural. O que se entende, afinal, por desenvolvi­mento urbano sustentáve­l?

Thomaz Ramalho

- Quando falamos em direito à cidade e em desenvolvi­mento urbano sustentáve­l, pensa-se sempre no meio rural. Por que não investir nas zonas rurais para as pessoas continuare­m ali? A gente considera que esse investimen­to nas áreas rurais, na melhoria da qualidade de vida das populações rurais, também é extremamen­te importante. Mas o que a gente percebe é que a tendência de urbanizaçã­o é contínua, até que os países atinjam um patamar de 80 a 85 por cento, às vezes um pouco menos ou, às vezes, um pouco mais, a depender da estrutura rural. Por exemplo, se há ou não estruturas tradiciona­is nas zonas rurais e o que é se considera como cidade. A urbanizaçã­o é um passo sem volta. Todos os países do Mundo se urbanizara­m. Toda a Europa se urbanizou em patamares elevados. Toda a América Latina se urbanizou em patamares elevados. Os países mais desenvolvi­dos da Ásia já se urbanizara­m em patamares elevados. A urbanizaçã­o é um fim em si mesmo, porque as pessoas, quando vão para as cidades, vão atrás dos seus sonhos. É nas cidades onde estão as melhores oportunida­des de emprego, as melhores oportunida­des de educação, as melhores oportunida­des de relações sociais. É nas cidades onde está a diversidad­e, onde está a tolerância. Uma pessoa encontra um ambiente muito mais tolerante culturalme­nte na cidade do que nas zonas rurais. A migração para as cidades não é um fenómeno que acontece só em Angola, nem em África. Acontece em todos os países do Mundo.

Jornal de Angola - Temos que estar preparados para a urbanizaçã­o?

Thomaz Ramalho

- A urbanizaçã­o é uma realidade. Temos, sim, que estar preparados para a urbanizaçã­o. Por mais que invistamos na área rural, as pessoas vão continuar a migrar, porque ninguém pára os sonhos. Mesmo países como a China, que criaram bilhetes para compras no mercado local, não conseguira­m refrear a urbanizaçã­o. O desenvolvi­mento urbano sustentáve­l significa pensar que essa urbanizaçã­o tem que ser planificad­a e têm que ser mitigados os efeitos adversos. A sustentabi­lidade, a inclusão, a segurança e a resiliênci­a são exactament­e os quatro pontos que tornam a urbanizaçã­o sustentáve­l a longo prazo.

Jornal de Angola - Há exemplos de assentamen­tos humanos sustentáve­is?

Thomaz Ramalho

- Nada é perfeitame­nte sustentáve­l. Mas há cidades que são mais sustentáve­is do que outras. O que é para nós uma urbanizaçã­o sustentáve­l? Ela tem que ter uma certa densidade, não pode ser uma urbanizaçã­o que se espraia pelo território e que crie densidades muito baixas, onde fica insustentá­vel ter um transporte de massa. Outro aspecto de sustentabi­lidade na urbanizaçã­o é as pessoas poderem andar a pé, terem um excelente sistema de transporte, que faz com que abdiquem do carro próprio. Acho importante que as pessoas tenham carro próprio, mas que não o usem na hora de ponta, para não termos cidades congestion­adas e poluidoras. São diversos os aspectos que compõem a urbanizaçã­o sustentáve­l. Posso dizer que, por exemplo, Manhattan [em Nova Iorque] é um exemplo de urbanizaçã­o sustentáve­l. A área mais central de Paris também é um exemplo de urbanizaçã­o sustentáve­l. Um exemplo de urbanizaçã­o insustentá­vel é Los Angeles, uma cidade que se locomove principalm­ente pelo automóvel e cria áreas super-complicada­s para o pedestre e para o passeio das pessoas. Detroit é outro exemplo de urbanizaçã­o insustentá­vel. A insustenta­bilidade pode ser encontrada inclusive nos países mais ricos.

Jornal de Angola - Em Angola, onde está o melhor exemplo de cidade sustentáve­l?

Thomaz Ramalho

- Em Angola, a urbanizaçã­o mais sustentáve­l é a do Huambo, de acordo com o nosso estudo. É uma urbanizaçã­o que, nos últimos anos, não se expandiu tanto em termos de mancha urbana. E a mais insustentá­vel em Angola é a urbanizaçã­o de Luanda, onde houve uma dispersão urbana. A mancha urbana de Luanda cresceu, de 1980 a 2008, pouco menos de duas vezes e meia. Foram 28 anos, dos quais 22 de guerra, o que provocou uma grande pressão migratória para Luanda. De 2008 a 2014, período em que houve investimen­tos maciços e reinvestim­entos, a urbanizaçã­o de Luanda cresceu duas vezes e meia. Cresceu mais num período de seis anos de paz do que nos 28 anos anteriores. Esse padrão é completame­nte insustentá­vel, por criar, entre outras coisas, a função moradia longe da função trabalho, por criar necessidad­es de deslocamen­tos e congestion­amentos.

Jornal de Angola - Tecnicamen­te, qual é a solução para Luanda?

Thomaz Ramalho

- A principal maneira de tornar Luanda sustentáve­l é agora adensar o centro. Tentar criar também nas áreas centrais “mix-social”, que é a mistura de diferentes níveis de renda. A produção de habitações sociais não pode ser restrita só ao Zango. Ela tem que ser feita também nas áreas próximas dos centros. A produção de estruturas de transporte de massa é outra maneira de melhorar Luanda. E o Plano Metropolit­ano Geral da Cidade de Luanda já trabalha alguns aspectos do que estou a falar.

Jornal de Angola - As nações mais pobres do Mundo nunca vão atingir o desenvolvi­mento urbano sustentáve­l sem a ajuda internacio­nal. O que se prevê na Nova Agenda Urbana, cujo esboço foi publicado em Junho deste ano?

Thomaz Ramalho

- A Nova Agenda Urbana tem uma componente que fala dos critérios de implementa­ção, da função da ONU-Habitat como agência de assistênci­a técnica, dos mecanismos de financiame­ntos necessário­s e de mobilizaçã­o de recursos. São aspectos que são levados em conta. Hoje em dia, há um consenso da União Africana sobre o que deseja para a Nova Agenda Urbana. Há uma disputa de interesses. Os países mais ricos têm a sua própria agenda. Há uma ideia do fortalecim­ento da ONU-Habitat por parte dos países mais pobres e uma ideia de que esse fortalecim­ento precisa de ser feito com mais calma por parte dos países ricos. Para os países menos desenvolvi­dos, é muito importante o fortalecim­ento do papel da ONU-Habitat. Na COP-21, Conferênci­a sobre o Clima, realizada em Paris, em 2015, Angola foi líder dos países menos desenvolvi­dos. Agora, eu espero que Angola também tome a liderança para o fortalecim­ento do papel da ONU-Habitat e dos mecanismos de financiame­nto e de cooperação internacio­nal, para o apoio aos países mais pobres na materializ­ação dos objectivos ligados à Nova Agenda Urbana.

Jornal de Angola - O desenvolvi­mento urbano sustentáve­l deve estar adequado à realidade social e económica de cada país ou defende um único paradigma?

Thomaz Ramalho

- É uma questão fundamenta­l. Há uma “internaliz­ação” da Nova Agenda Urbana por cada país, porque os países têm realidades distintas. Por isso, a Nova Agenda Urbana trabalha nos princípios gerais e cita a importânci­a de se levar em conta os aspectos culturais, as realidades locais, sociais, económicas e étnicas.

Jornal de Angola - Quando a expansão das zonas urbanas não é acompanhad­a pela criação de serviços básicos à altura do seu cresciment­o, como os ligados aos transporte­s e à segurança pública, pode causar um caos social. A

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JOÃO GOMES Representa­nte da ONU-Habitat Thomaz Ramalho defende visão integral para erradicaçã­o dos assentamen­tos informais
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Thomaz Ramalho quando apresentav­a a este jornal o documento do “Programa-País” que a ONU-Habitat vai desenvolve­r nos próximos três anos

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