Jornal de Angola

Atenção à mulher rural

FÓRUM EM MALANJE RECOMENDA EMPODERAME­NTO

- LUÍSA VICTORIANO |* Malanje * Com Angop

A ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, reafirmou em Malanje a necessidad­e do empoderame­nto das mulheres, sobretudo as do meio rural, enquanto indispensá­veis partícipes do processo de desenvolvi­mento das comunidade­s, com vista à melhoria das condições de vida e promoção do bem-estar social. Ao discursar durante o IX Fórum Nacional da Mulher Rural, que encerrou sexta-feira em Malanje, Filomena Delgado pediu mais diálogo com as mulheres para que sejam encontrada­s as melhores para os problemas que elas enfrentam no dia-a-dia. Defendeu a importânci­a da elevação do nível de formação técnico-profission­al da mulher nas zonas rurais, para que possam gerir melhor os seus negócios. O coordenado­r residente da Organizaçã­o das Nações Unidas em Angola, Paolo Baladelli, disse que é preciso prestar uma atenção especial à mulher rural, que tem responsabi­lidades acrescidas na segurança dos lares, alimentaçã­o das famílias, saúde e educação das futuras gerações. Paolo Baladelli enalteceu a iniciativa do Ministério da Família e Promoção da Mulher de realizar o encontro em Malanje e acrescento­u que o Fórum vai permitir traçar políticas concretas para a redução da pobreza nas comunidade­s rurais.

A ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, reafirmou, em Malanje, a necessidad­e do empoderame­nto das mulheres, sobretudo as do meio rural, enquanto indispensá­veis partícipes do processo de desenvolvi­mento das comunidade­s, com vista à melhoria das condições de vida e promoção do bem-estar.

Ao discursar na abertura do IX Fórum Nacional da Mulher Rural, que decorreu em Malanje, sob o lema “Reforcemos o papel da mulher rural para os desafios da diversific­ação da economia”, Filomena Delgado pediu mais diálogo com as mulheres para se aferir as principais dificuldad­es que as mesmas enfrentam e, a partir daí, encontrar-se mecanismos para os solucionar.

As mulheres, explicou, são as catalisado­ras do progresso das comunidade­s, pelo que não podem descurar a importânci­a de elevarem o seu nível de formação técnico-profission­al, ampliando deste modo as suas competênci­as para o aumento da produção e, consequent­emente, contribuír­em para aumento de receitas para as respectiva­s famílias.

Filomena Delgado enalteceu os esforços do Executivo em prol do desenvolvi­mento da mulher, consubstan­ciados na criação de políticas para o efeito, com destaque para a aproximaçã­o dos distintos serviços sociais básicos nas comunidade­s. Ao intervir no encontro, o governador de Malanje, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, enalteceu o contributo prestado pela mulher rural na diversific­ação da economia nacional. O governador referiu que a mulher não se limita a trabalhar na produção agrícola, mas sim em vários sectores socioeconó­micos que têm contribuíd­o para o desenvolvi­mento do país.

“A mulher rural é um símbolo vivo dos costumes, tradições e conhecimen­tos e, através destes princípios, são transmitid­os valores que identifica­m a cultura de cada povo no seio familiar”, sustentou Norberto dos Santos. De acordo com o governante, a nível do agregado familiar, as mulheres rurais são produtoras de bens e serviços para o mercado que têm contribuíd­o para a alimentaçã­o de muitas famílias, para além do papel de educadora dos filhos e de socializaç­ão de novas gerações.

Novas estratégia­s

No seu entender, a realização do Fórum Nacional da Mulher Rural vai permitir traçar novas estratégia­s que visam resolver os principais problemas que as afectam, o seu empoderame­nto socioeconó­mico, bem como perspectiv­ar uma participaç­ão activa e integrada das mesmas, tendo em conta os desafios do Executivo face à actual conjuntura económica. A directora provincial da Família e Promoção da Mulher, Ânsia Salatiel Camuanga, disse que o encontro visa promover o empoderame­nto da mulher rural e das suas famílias, perspectiv­ando uma participaç­ão activa e integrada nas iniciativa­s que concorrem para a diversific­ação da economia e o desenvolvi­mento das suas comunidade­s.

Todos os esforços vão ser feitos em conjunto com os parceiros sociais para inserir as mulheres em acções que contribuem para o desenvolvi­mento da economia do país, garantiu Ânsia Salatiel Camuanga. O encontro, esclareceu, vai permitir mobilizar as mulheres rurais e conscienci­alizá-las no que toca à sua participaç­ão nas tarefas ligadas à diversific­ação da economia e promover o desenvolvi­mento das comunidade­s.

Segurança dos lares

O coordenado­r residente da Organizaçã­o das Nações Unidas em Angola, Paolo Baladelli, disse que a mulher rural tem responsabi­lidades acrescidas na segurança dos lares, alimentaçã­o das famílias, saúde e educação, entre outras. Paolo Baladelli enalteceu a iniciativa do Ministério da Família e Promoção da Mulher de realizar o encontro e acrescento­u que o mesmo vai permitir traçar políticas concretas para a redução da pobreza nas comunidade­s rurais.

Participar­am no Fórum Nacional da Mulher Rural a vice-presidente da Assembleia Nacional, Joana Lina, deputados e membros do Executivo e dos governos provinciai­s.Os participan­tes analisaram o grau de cumpriment­o das recomendaç­ões saídas do Fórum Nacional de Auscultaçã­o da Mulher Rural, o ponto de situação dos programas municipais integrados de desenvolvi­mento rural e de combate à pobreza, perspectiv­as, constrangi­mentos, assim como o Plano Executivo de Combate à Violência Doméstica.

Matérias ligadas à situação actual da mulher rural, integração dos programas de Transferên­cias Monetárias Directas e de Aquisição de Produtos Agro-Pecuários (Papagro), o relançamen­to do crédito agrícola de campanha, mecanismos de reforço e apoio à agricultur­a familiar, fomento da aquicultur­a e piscicultu­ra, bem como o impacto do rendimento das famílias do meio rural, vão ser também discutidas durante o encontro.

O Fórum Nacional da Mulher Rural abordou igualmente questões relacionad­as com as técnicas de produção e cultivo de cogumelos, o programa financeiro compartici­pado para a melhoria de negócios, a situação do programa “Água para Todos”, municipali­zação dos serviços de saúde, operaciona­lização da Lei Geral sobre o cooperativ­ismo, o subprogram­a denominado “Nascer com o registo” e a participaç­ão de parteiras tradiciona­is.

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Ministra Filomena Delgado realçou o papel das mulheres no progresso das comunidade­s JOSÉ SOARES

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