Atenção à mulher rural
FÓRUM EM MALANJE RECOMENDA EMPODERAMENTO
A ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, reafirmou em Malanje a necessidade do empoderamento das mulheres, sobretudo as do meio rural, enquanto indispensáveis partícipes do processo de desenvolvimento das comunidades, com vista à melhoria das condições de vida e promoção do bem-estar social. Ao discursar durante o IX Fórum Nacional da Mulher Rural, que encerrou sexta-feira em Malanje, Filomena Delgado pediu mais diálogo com as mulheres para que sejam encontradas as melhores para os problemas que elas enfrentam no dia-a-dia. Defendeu a importância da elevação do nível de formação técnico-profissional da mulher nas zonas rurais, para que possam gerir melhor os seus negócios. O coordenador residente da Organização das Nações Unidas em Angola, Paolo Baladelli, disse que é preciso prestar uma atenção especial à mulher rural, que tem responsabilidades acrescidas na segurança dos lares, alimentação das famílias, saúde e educação das futuras gerações. Paolo Baladelli enalteceu a iniciativa do Ministério da Família e Promoção da Mulher de realizar o encontro em Malanje e acrescentou que o Fórum vai permitir traçar políticas concretas para a redução da pobreza nas comunidades rurais.
A ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, reafirmou, em Malanje, a necessidade do empoderamento das mulheres, sobretudo as do meio rural, enquanto indispensáveis partícipes do processo de desenvolvimento das comunidades, com vista à melhoria das condições de vida e promoção do bem-estar.
Ao discursar na abertura do IX Fórum Nacional da Mulher Rural, que decorreu em Malanje, sob o lema “Reforcemos o papel da mulher rural para os desafios da diversificação da economia”, Filomena Delgado pediu mais diálogo com as mulheres para se aferir as principais dificuldades que as mesmas enfrentam e, a partir daí, encontrar-se mecanismos para os solucionar.
As mulheres, explicou, são as catalisadoras do progresso das comunidades, pelo que não podem descurar a importância de elevarem o seu nível de formação técnico-profissional, ampliando deste modo as suas competências para o aumento da produção e, consequentemente, contribuírem para aumento de receitas para as respectivas famílias.
Filomena Delgado enalteceu os esforços do Executivo em prol do desenvolvimento da mulher, consubstanciados na criação de políticas para o efeito, com destaque para a aproximação dos distintos serviços sociais básicos nas comunidades. Ao intervir no encontro, o governador de Malanje, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, enalteceu o contributo prestado pela mulher rural na diversificação da economia nacional. O governador referiu que a mulher não se limita a trabalhar na produção agrícola, mas sim em vários sectores socioeconómicos que têm contribuído para o desenvolvimento do país.
“A mulher rural é um símbolo vivo dos costumes, tradições e conhecimentos e, através destes princípios, são transmitidos valores que identificam a cultura de cada povo no seio familiar”, sustentou Norberto dos Santos. De acordo com o governante, a nível do agregado familiar, as mulheres rurais são produtoras de bens e serviços para o mercado que têm contribuído para a alimentação de muitas famílias, para além do papel de educadora dos filhos e de socialização de novas gerações.
Novas estratégias
No seu entender, a realização do Fórum Nacional da Mulher Rural vai permitir traçar novas estratégias que visam resolver os principais problemas que as afectam, o seu empoderamento socioeconómico, bem como perspectivar uma participação activa e integrada das mesmas, tendo em conta os desafios do Executivo face à actual conjuntura económica. A directora provincial da Família e Promoção da Mulher, Ânsia Salatiel Camuanga, disse que o encontro visa promover o empoderamento da mulher rural e das suas famílias, perspectivando uma participação activa e integrada nas iniciativas que concorrem para a diversificação da economia e o desenvolvimento das suas comunidades.
Todos os esforços vão ser feitos em conjunto com os parceiros sociais para inserir as mulheres em acções que contribuem para o desenvolvimento da economia do país, garantiu Ânsia Salatiel Camuanga. O encontro, esclareceu, vai permitir mobilizar as mulheres rurais e consciencializá-las no que toca à sua participação nas tarefas ligadas à diversificação da economia e promover o desenvolvimento das comunidades.
Segurança dos lares
O coordenador residente da Organização das Nações Unidas em Angola, Paolo Baladelli, disse que a mulher rural tem responsabilidades acrescidas na segurança dos lares, alimentação das famílias, saúde e educação, entre outras. Paolo Baladelli enalteceu a iniciativa do Ministério da Família e Promoção da Mulher de realizar o encontro e acrescentou que o mesmo vai permitir traçar políticas concretas para a redução da pobreza nas comunidades rurais.
Participaram no Fórum Nacional da Mulher Rural a vice-presidente da Assembleia Nacional, Joana Lina, deputados e membros do Executivo e dos governos provinciais.Os participantes analisaram o grau de cumprimento das recomendações saídas do Fórum Nacional de Auscultação da Mulher Rural, o ponto de situação dos programas municipais integrados de desenvolvimento rural e de combate à pobreza, perspectivas, constrangimentos, assim como o Plano Executivo de Combate à Violência Doméstica.
Matérias ligadas à situação actual da mulher rural, integração dos programas de Transferências Monetárias Directas e de Aquisição de Produtos Agro-Pecuários (Papagro), o relançamento do crédito agrícola de campanha, mecanismos de reforço e apoio à agricultura familiar, fomento da aquicultura e piscicultura, bem como o impacto do rendimento das famílias do meio rural, vão ser também discutidas durante o encontro.
O Fórum Nacional da Mulher Rural abordou igualmente questões relacionadas com as técnicas de produção e cultivo de cogumelos, o programa financeiro comparticipado para a melhoria de negócios, a situação do programa “Água para Todos”, municipalização dos serviços de saúde, operacionalização da Lei Geral sobre o cooperativismo, o subprograma denominado “Nascer com o registo” e a participação de parteiras tradicionais.