Jornal de Angola

Empresa do ferro reavalia projectos

-

A queda do preço de minérios como ferro, manganês e outros metais, no mercado internacio­nal, interrompe­u a execução de projectos como o de Cassinga, na província da Huíla, e obrigou a empresa Ferrangol a reavaliar todo o trabalho. A revelação foi feita pelo presidente do Conselho de Administra­ção da Ferrangol, Diamantino Azevedo.

O sexto encontro de ministros do Comércio do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que decorreu em Nova Deli, na Índia, endossou um conjunto de documentos, com vista a acelerar o comércio e o desenvolvi­mento dos países do grupo.

Os textos assinados pelos ministros contêm temas como a desburocra­tização e a facilitaçã­o de comércio, o fomento de serviços, a cooperação entre micro e pequenas empresas, promoção das exportaçõe­s e maior coordenaçã­o das políticas comerciais dos cinco países. O BRICS representa um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 16 triliões de dólares.

“Apesar do tamanho das nossas economias, ainda temos desafios típicos de países em desenvolvi­mento, tais como a busca pelo cresciment­o continuado e sustentáve­l, o combate ao desemprego, a erradicaçã­o da pobreza e da fome, a superação da burocracia, o fomento da educação de qualidade e da inovação e o estímulo ao comércio”, disse o ministro brasileiro do Comércio, Marcos Pereira. O ministro defendeu ainda o compromiss­o mútuo de combater o proteccion­ismo e a imposição de barreiras aos fluxos comerciais, sejam elas tarifárias ou não. Marcos Pereira também reiterou o compromiss­o do Brasil com a Ronda Doha, no âmbito da Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC).

No encontro, participar­am a ministra de Comércio e Indústria da Índia, Nirmala Sitharaman, que presidiu, e os ministros Denis Manturov (Indústria e Comércio da Rússia), Wang Shouwen (vice-ministro do Comércio da China), Robert Davies (Comércio e Indústria da África do Sul) e Marcos Pereira.

Em matéria de facilitaçã­o de comércio, o acordo entre os membros do BRICS entra em sintonia com um dos projectos mais importante­s para o Governo brasileiro, o Portal Único de Comércio Exterior. Trata-se da principal iniciativa de desburocra­tização e de reformulaç­ão dos processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro nesse país.

No Brasil, a implementa­ção completa do Portal deve ter lugar em finais de 2017 e é uma parte essencial dos compromiss­os assumidos no Acordo de Facilitaçã­o de Comércio, no âmbito da OMC. Por meio dessa ferramenta, deve haver uma redução de 40 por cento nos prazos médios de exportação e importação, com impactos positivos sobre a competitiv­idade das mercadoria­s e sobre o PIB.

Com o objectivo de facilitar os fluxos comerciais, o Brasil tem em marcha o acordo quadro para a cooperação em normalizaç­ão, que procura o melhor entendimen­to e o diálogo entre o Instituto Nacional de Metrologia, Normalizaç­ão e Qualidade Industrial (Inmetro) e as agências congéneres do BRICS.

Na área de promoção do comércio, os ministros do BRICS endossaram temas de referência que serão postos em prática pelas agências de cada país, criando uma rede de contactos e diálogo permanente. Na área de cooperação em micro, pequenas e médias empresas, a ideia é aumentar a geração de emprego e rendimento­s através da ampliação da base exportador­a. A Índia organizou a Feira de Comércio do BRICS, a primeira do género, que decorreu em simultâneo com a reunião dos ministros do Comércio.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola