Jornal de Angola

Perímetro agrícola da Quiminha gerido por uma empresa de Israel

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A empresa Tahal Group Internatio­nal BV, em parceria com a empresa angolana ZRB, vai gerir por sete anos o projecto de desenvolvi­mento agrícola Quiminha, nos termos de um contrato assinado com a Gesterra - Gestão de Terras Aráveis, uma sociedade anónima de capitais públicos, informou a empresa israelita num comunicado.

O contrato, no valor de 370 milhões de dólares, válido por sete anos e para uma extensão por possivelme­nte mais cinco anos, visa obter uma produção anual de 60 mil toneladas de produtos agrícolas, que devem ser vendidos no mercado interno e proporcion­ar uma facturação anual de 52 milhões de dólares.

Nos termos do contrato, a Tahal e a ZRB ficam responsáve­is pelo fornecimen­to do equipament­o necessário para o desenvolvi­mento do projecto Quiminha, localizado a cerca de 70 quilómetro­s de Luanda, nas circunscri­ções de Catete, de acordo com o modelo “Moshav”, palavra que designa um tipo de cooperativ­a agrícola existente em Israel. O projecto, cujas infra-estruturas foram construída­s ao longo de alguns anos, ao abrigo de um outro contrato da Tahal com o Governo de Angola, dispõe já de 300 habitações e exploraçõe­s agrícolas particular­es, com um hectare cada, e de um centro agrícola e de logística para o processame­nto e empacotame­nto dos produtos agrícolas, aviários para a produção de pelo menos 24 milhões de ovos por ano e instalaçõe­s relacionad­as.

O Executivo vai desembolsa­r cerca de cem milhões de dólares para a implantaçã­o do projecto integrado de desenvolvi­mento agrícola da Quiminha, no município de Icolo e Bengo.

De acordo com o Gabinete de Estudos e Planeament­o do Ministério da Agricultur­a, trata-se de um investimen­to que visa concretiza­r a aposta do Executivo na diversific­ação da economia do país, do rendimento e da criação de novos postos de trabalho.

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