Armas importadas pelo Governo são revendidas no mercado negro
Um conjunto de metralhadoras importadas pelo Governo da Somália estão a ser revendidas no mercado negro da capital, Mogadíscio, denunciou na sexta-feira a imprensa local, citando fontes diplomáticas.
A venda das metralhadoras automáticas viola o acordo assinado há três anos entre as Nações Unidas e as autoridades somalis, que exclui esse país do embargo imposto pela comunidade internacional.
Em 2013, o Conselho de Segurança da ONU levantou parcialmente a restrição na compra de armas para que as Forças Armadas pudessem apetrechar as sua unidades e fazer frente aos grupos rebeldes, principalmente o AlShabab.Segundo a imprensa local, foi vendido um carregamento de 35 a 40 armas automáticas, assim como armas de menor calibre, que posteriormente foram compradas no mercado paralelo em Mogadíscio.
Fontes diplomáticas, citadas na imprensa, referiram que as armas foram entregues aos traficantes, que as venderam depois em lugares recônditos da capital somali. A esse respeito, elementos da ONU identificaram uma série de casos de venda ilegal de armas sob tutela do Governo, assim como diferentes tipos de munições. Dados das Nações Unidas apontam para 15.000 e 20.500 armas importadas pela Somália desde 2013.
Atentado bombista
Pelo menos cinco soldados somalis morreram e igual número ficaram feridos num atentado bombista contra uma coluna militar na localidade de Baidoa, capital provincial de Bay, confirmaram ontem fontes militares.
Segundo a Rádio Shabelle, o ataque ocorreu quando a caravana transportava material bélico da localidade de Deynuney. Nenhum grupo armado assumiu a autoria do ataque, mas as autoridades somalis atribuem esse tipo de acções ao grupo terrorista Al-Shabab.A organização anti-governamental atacou quinta-feira um posto da Missão da União Africana (Amison), em El Baraf, na província sulista do Médio Shabelle, desconhecendose outros detalhes sobre esta acção.
Segundo um balanço do Exército, nesse mesmo dia, três supostos integrantes do grupo Al-Shabab morreram quando tentavam colocar uma mina numa rua dessa cidade. A Somália enfrenta confrontos armados em diversas frentes entre as tropas governamentais e a facção Al-Shabab.