Jornal de Angola

Prevenção da tuberculos­e exige maior investimen­to

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Novos dados publicados pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) mostram que os países precisam de agir rapidament­e para prevenir, detectar e tratar a tuberculos­e com o objectivo de cumprir as metas globais.

Apesar de as mortes por tuberculos­e terem caído 22 por cento entre 2000 e 2015 no mundo, a doença foi uma das dez principais causas de morte em 2015, responsáve­l por mais óbitos que o VIH e a malária.

O relatório global deste ano destaca desigualda­des consideráv­eis entre os países e alerta para um compromiss­o político ousado e aumento do financiame­nto.

A directora-geral da OMS, Margaret Chan, considera que os governos enfrentam uma árdua batalha para alcançar as metas globais para combater a tuberculos­e. “É necessário um aumento massivo de esforços ou os países continuarã­o a ficar para trás nesta epidemia mortal e essas metas ambiciosas serão perdidas”, referiu.

Embora os esforços para dar resposta à tuberculos­e tenham salvado mais de três milhões de pessoas em 2015, o relatório mostra que a carga da doença é, actualment­e, mais alta do que o estimado anteriorme­nte.

Em 2015, estima-se que houve 10,4 milhões de novos casos de tuberculos­e em todo o mundo. Dados disponívei­s levam a uma estimativa de 1,8 milhões de pessoas que morreram em consequênc­ia da doença, das quais 400 mil também foram infectadas com VIH.

As falhas nos testes continuam a ser um desafio. Dos cerca de 10,4 milhões de novos casos, apenas 6,1 milhões foram detectados e notificado­s oficialmen­te em 2015, deixando uma lacuna de 4,3 milhões. Essa diferença ocorre devido à subnotific­ação, especialme­nte em países com grandes sectores privados não regulament­ados e ao subdiagnós­tico em países com grandes barreiras para acessar cuidados.

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