Empresas nacionais expõem em Macau
Comitiva chefiada pelo ministro da Economia convence investidores a optarem pelo mercado nacional
Angola participa na 21ª edição da Feira Internacional de Macau, a decorrer de 20 a 22 deste mês de Outubro, no Centro de Convenções e Exposições do Venetian. O evento conta com a participação de mais de 50 países e regiões, informou o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau.
Angola participa na 21ª edição da Feira Internacional de Macau, a decorrer de 20 a 22 de Outubro, no Centro de Convenções e Exposições do Venetian. O evento conta com a participação de mais de 50 países e regiões, informou o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, a entidade organizadora.
No certame com mais de 1.600 stands, Angola participa com uma delegação chefiada pelo ministro da Economia, Abrahão Gourgel. Os empresários angolanos vão expor projectos e uma diversidade de produtos nacionais.
AAPIEX (Agência de Promoção de Investimentos para Exportação) integra a missão angolana que, à margem da feira, manteve contactos com empresários da China e dos países de língua portuguesa, no âmbito da quinta Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa.
Subordinada ao tema “Cooperação - chave para oportunidades de negócios”, a edição deste ano da Feira Internacional de Macau deve ocupar uma área de cerca de 30 mil metros quadrados, sendo a grande diferença das edições anteriores uma nova parte adicionada, designada “Países e cidades parceiros”.
A feira dispõe, na entrada de um pavilhão temático do país parceiro (Portugal) e do “Pavilhão temático da cidade parceira - Pequim”, uma área total de mais de 800 metros quadrados, mostrando a cultura e a história dos dois países. No pavilhão, divulgam-se informações sobre o ambiente de investimento e a situação económica mais recente destes dois locais, de forma a que os visitantes sintam os pontos fortes de Portugal e de Pequim. Ao redor dos dois pavilhões de Portugal e de Pequim, está a “Exposição de produtos e serviços dos países de língua portuguesa”, o “Pavilhão da indústria de saúde e medicina tradicional chinesa” e a “Zona de exposição comercial alusiva às províncias e municípios do interior da China”, integrada por aproximadamente 20 províncias, regiões ou municípios da China interior.
Além dos pavilhões temáticos dispostos e tendo como objectivo coordenar o papel de “cidade parceira” de Pequim, a exposição deve, pela primeira vez, introduzir o “Pavilhão de produtos consagrados pelo tempo de Pequim” e continuar a realizar o “Pavilhão das PME de Macau”, o “Pavilhão de exposição e venda de produtos dos países de língua portuguesa”, o “Pavilhão de Taiwan” e o “Pavilhão das etnias chinesas - produtos, cultura e artesanato”, com um conteúdo rico e diversificado para maior satisfação dos visitantes.
O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau informou igualmente que os participantes terão à sua disposição uma série de serviços gratuitos, incluindo contactos empresariais.
Relação consolidada
A Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, que terminou na última quinta-feira, em Macau, é tida como a de mais alto nível já realizadas e representa a indicação da crescente importância e complexidade desta relação multilateral, reconheceu a organização. A organização reconhece que a quebra do preço das matérias-primas, que se faz sentir nas economias brasileiras, angolana e moçambicana se traduz numa redução das trocas comerciais destes países com a China. Porém, refere a organização, “a crise global traduz-se também numa diversificação da relação, coincidindo com a nova política do Governo central da China para a África.”
O mais recente relatório da agência Moody´s sobre Angola, divulgado em Setembro, indica que, desde final de 2015, o país recebeu mais de oito mil milhões de dólares da China, dinheiro que tem permitido cobrir o défice orçamental resultante da baixa dos preços do petróleo.
Na quarta-feira, o Governo da República Popular da China concedeu uma ajuda não reembolsável no valor de cem milhões de yuan, como parte de um montante global solicitado pelas autoridades angolanas, destinado a implementar um projecto do Centro Integrado de Formação e Tecnologia (CINFOTEC) e outro do projecto de Manutenção Técnica do Hospital Provincial de Luanda.
No âmbito do “Acordo de Cooperação Económica e Técnica entre o Governo da República Popular da China e o Governo da República de Angola”, o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco Nacional de Angola devem abrir um livro em nome das respectivas partes, designado “Aid Account n.º 2016/1”, em renminbi, a divisa chinesa, e sem juros, para o registo e informação de todos os pagamentos referentes às despesas resultantes da doação, de acordo com os procedimentos das operações do Banco de Desenvolvimento da China, sem quaisquer despesa para as partes.