Hábito de lavar as mãos reduz doenças diarreicas
A lavagem das mãos pode reduzir a incidência da diarreia em 44 por cento e contribuir para o bem-estar das pessoas se estiver associada a outras práticas de higiene e saneamento básico, nomeadamente o tratamento da água e a defecação em latrinas.
A afirmação é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ocasião do “Dia Mundial da Lavagem das Mãos”, assinalado no sábado sob o lema “Faça da lavagem das mãos um hábito”.
Segundo a Unicef, estima-se em todo o Mundo um acumulado de 272 milhões de dias em que as crianças faltam à escola como consequência da diarreia, que é um dos proazblemas mais comuns causados pela falta de higiene das mãos, além do consumo da alimentos deteriorados e água inquinada.
A diarreia, associada à pneumonia, leva à morte cerca 1,7 milhões de crianças por ano. Porém, estima-se que a lavagem das mãos com água e sabão ou cinza pode reduzir estas cifras pelo menos a um quarto. “A lavagem das mãos pode diminuir as doenças causadas pela má preparação da comida ou falta de higiene e que podem estar também na base do aumento da desnutrição”, refere a organização internacional.
“Para que a lavagem das mãos seja efectiva, ela deve ser praticada de maneira consistente em momentos chave, como por exemplo depois de usar a casa banho ou antes de entrar em contacto com os alimentos”.
Um estudo sobre “Água e saneamento nas escolas de Angola”, realizado pela Unicef e a Direcção do Ensino Geral em 600 escolas de Luanda, Namibe, Huíla, Huambo, Bié e Cunene destaca que, apesar de a maior parte possuir locais para lavagem das mãos, muitos não estavam funcionais e apenas cerca de 31 por cento das escolas avaliadas possuía um local adequado para a prática da lavagem das mãos.