País vai ter televisão digital em 2017
A Televisão Pública de Angola (TPA) vai implementar a partir de 2017 a “Televisão Digital Terrestre”, que vai garantir óptima qualidade de imagem e som, além de serviços interactivos entre o telespectador e o produtor.
A informação foi dada ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da TPA, Hélder Barber, na palestra sobre “Televisão Digital Terrestre”, realizada no âmbito dos festejos dos 41 anos de existência da estação pública de televisão.
O ministro das Telecomunicações, José Rocha, afirmou na ocasião que o apagão analógico em Angola já não acontecerá em 2017, pois a União Internacional das Telecomunicações definiu uma nova data, 2020, para os países africanos fazerem a passagem definitiva para a televisão digital terrestre.
O responsável disse que a televisão digital vai cobrir o país todo, haverá uma interactividade mais facilitada entre emissores de conteúdos e telespectadores e vão ser criados mais canais. “Tudo isso está orçado em 364 milhões de euros”, disse o ministro.
José Rocha salientou que a TPA, ao apostar nos conteúdos com diversidade de opiniões, nomeadamente debates, e no entretenimento, vai continuar a ser a estação líder em audiência.
Para o PCA da TPA, Hélder Barber, a implementação da TV digital terrestre vai ser uma mais-valia para a relação entre o telespectador e os produtores dos diversos serviços interactivos. Acrescentou que a TDT vai dar ao telespectador serviços como karaoke digital e possibilidade de pesquisa de filmes, entre outros. “A nova tecnologia, além de dar qualidade aos serviços, não permite que se corte o sinal”, disse Hélder Barber.
O PCA da TPA deu a conhecer que já foram dados os passos necessários para que em 2017 os serviços de televisão digital sejam uma realidade no país e referiu que os técnicos e produtores de conteúdos da TPA já estão a receber formação, para enfrentarem o novo paradigma de distribuição dos serviços televisivos.
Explicou que o processo de passagem para a televisão terrestre vai obrigar à criação da empresa Televisão Privada Digital de Angola (TPDA), que se vai dedicar ao processo de distribuição de canais. Essa empresa, disse, vai prestar serviços aos outros sectores da área das telecomunicações.
Filipe Diatezua, que introduziu o tema “Televisão Digital Terrestre”, disse que mais de 60 por cento das famílias angolanas consomem a televisão de canal aberto e que a aposta na televisão digital terreste tem a vantagem de não ter ruídos nem apagões.