Carolina Cerqueira apela à criatividade
A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, espera criatividade e empenho das novas directoras do Museu de História Natural e do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), no cumprimento das suas tarefas.
Na tomada de posse, numa cerimónia realizada na tarde de segunda-feira, na sala de reuniões daquele ministério, em Talatona, Carolina Cerqueira encorajou os novos membros do seu pelouro e pediu dinamismo na execução dos programas já existentes.
Carolina Cerqueira disse que a nomeação de Maria Belmira Gumbe, para directora do Museu de História Natural, e de Ruth Mixinge, ao cargo de directora-geral do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), visa dar continuidade à aposta do equilíbrio do género.
A ministra quer ver o museu como uma verdadeira fonte de pesquisa e que consiga dar resposta ao aumento do número de visitantes, particularmente estudantes, com iniciativas de modo a que a população se reveja nos seus programas de acção.
Quanto ao Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, Carolina Cerqueira espera de Ruth Mixinge uma maior aproximação e cooperação com as igrejas, no sentido de melhor avaliar e constatar de perto o trabalho desenvolvido por essas instituições.
Carolina Cerqueira espera dos actores culturais um maior rigor e cumprimento das medidas de segurança, por forma a se evitar episódios tristes como o que originou a morte de oito pessoas por asfixia e o ferimento de 40, no sábado no Estádio de São Filipe, em Benguela, no final de um espectáculo de apoio ao esforço do Executivo na divulgação massiva da importância de a juventude actualizar os dados do registo eleitoral, tendo em vista as eleições gerais de 2017.
“Foi com profunda tristeza e consternação que tomei conhecimento da trágica ocorrência das mortes e internamento de cidadãos, durante o primeiro festival Afro Music Channel, organizado pela LS Republicano. Profundamente preocupada com o ocorrido, espero que as entidades competentes prossigam as averiguações para serem apuradas as causas do incidente e a responsabilização do ocorrido”, lêse num comunicado de condolências da ministra da Cultura.
Programas inclusivos
A nova directora-geral do Museu de História Natural, Maria Gumbe, que reabre na próxima segunda-feira, garantiu dar continuidade aos programas existentes, torná-los dinâmicos e inclusivos à sociedade.
Um dos seus desafios, explicou, passa por incentivar a pesquisa aos estudantes, pelo facto de o museu ter características multidisciplinares e ser o único no país que reúne um acervo vasto sobre a biodiversidade angolana.
Para a directora-geral do Inar, Ruth Mixinge, as suas acções de trabalho passam por reforçar e avaliar o trabalho desenvolvido pelas igrejas, no âmbito social e religioso.
Outro aspecto que acha importante é a questão do fenómeno religioso, com a proliferação de seitas no país, uma questão em que o Executivo tem sido cauteloso, por envolver aspectos no domínio das crenças e convicções.