Apoio da China aos agricultores
O sector da Agricultura vai beneficiar de dez milhões de dólares da China, destinados à construção do Centro de Demonstração de Tecnologias Agrícolas em Angola. O acordo para a construção da infraestrutura, a partir do próximo mês de Dezembro, na Estação Experimental de Mazozo do Instituto de Investigação Agronómica, no município de Icolo e Bengo, foi assinado pela directora do Gabinete de Intercâmbio do Ministério da Agricultura, Olinda Sobrinho.
O sector da Agricultura vai beneficiar de 10 milhões de dólares da China, destinados à construção do Centro de Demonstração de Tecnologias Agrícolas em Angola.
O acordo que vai permitir a construção da infra-estrutura, a partir do próximo mês de Dezembro, na Estação Experimental de Mazozo do Instituto de Investigação Agronómica, localizado no município de Icolo e Bengo, foi assinado na segundafeira, em Luanda, pela directora do Gabinete de Intercâmbio do Ministério da Agricultura, Olinda Sobrinho, e pelo conselheiro da Embaixada da China em Angola, Li Yong Iun, na presença do ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, do secretário de Estado, Amaro Tati, do embaixador da China, Cui Ai Min, e de vários responsáveis do sector.
Avaliado em mais de dez milhões de dólares, o empreendimento vai ocupar uma área de 54 hectares, ter escritórios, alojamentos, zonas de produção e transformação de produtos, de demonstração de cultivo e de criação animal, e equipamentos para a investigação. O secretário de Estado da Agricultura, Amaro Tati, disse que as novas tecnologias, a investigação e recursos humanos qualificados são importantes pilares do desenvolvimento agrícola, sem os quais não é possível praticar a agricultura. “A Agricultura é ciência e também precisa de tecnologia. Por isso, agradecemos o apoio do governo chinês, que vem completar uma importante instituição no nosso país, que é o Instituto de Investigação Agronómica de Angola”, sublinhou.
O embaixador da China considerou o acordo um importante instrumento de cooperação agrícola a longo prazo entre os dois países, na medida em que prevê igualmente a formação de recursos humanos, na província do Huambo, e acções que vão promover a industrialização do sector e diversificação da economia angolana.
No âmbito da cooperação bilateral, Cui Ai Min deu a conhecer que se realiza nos dias 8 e 9 do próximo mês, em Luanda, um fórum de investimento entre empresários dos dois países. Este evento, adiantou, terá a participação do Ministério do Comércio e de mais de 200 empresários do seu país, e abordagens sobre a cooperação agrícola. “As potencialidades agrícolas angolanas são imensas. Por isso, este país tem condições favoráveis para o seu desenvolvimento”, disse o embaixador, garantindo que a China vai dar apoio para o êxito da cooperação neste domínio.
O Governo da China vai oferecer dois mil milhões de ienes aos países de língua portuguesa de África e Ásia para o desenvolvimento da produção agrícola e industrial, bem como 2.500 bolsas de estudo para jovens destes países, segundo o conselheiro da Embaixada da China em Angola, Li Yong Iun. Estas ofertas, informou, são apenas algumas de um pacote de mais de 18, que o governo chinês anunciou recentemente na Conferência Ministerial do Fórum de Macau entre a China e os países de língua portuguesa.
Na semana passada, a China concedeu uma ajuda não reembolsável a Angola, no valor de cem milhões de yuans, como parte de um montante global solicitado pelas autoridades angolanas, destinado a implementar um projecto do Centro Integrado de Formação e Tecnologia (Cinfotec) e outro do projecto de manutenção técnica do Hospital Provincial de Luanda.
No âmbito do “Acordo de cooperação económica e técnica entre o Governo da República Popular da China e o Governo da República de Angola”, os bancos de Desenvolvimento da China e o Nacional de Angola devem abrir um livro em nome das respectivas partes, designado “Aid Account nº 2016/1”, em renminbi, a divisa chinesa, e sem juros, para o registo e informação de todos os pagamentos referentes às despesas resultantes da doação, de acordo com os procedimentos das operações do Banco chinês.
AAgência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX) realiza, a partir de hoje, em Luanda, a primeira conferência que visa aumentar a compreensão sobre a importância das exportações enquanto veículo de equilíbrio da balança de pagamentos e meio para a captação de divisas para o país.
De acordo com a organização, o evento constitui um acto de incentivo à produção nacional e integração regional, bem como de mobilização dos decisores, vincular a classe empresarial ao processo de exportação e promover o debate entre ambos; partilha de experiências, apresentação dos principais constrangimentos encontrados pelos exportadores e mecanismos de apoio e incentivo às exportações. Hoje, primeiro dia do fórum com término previsto para amanhã, os participantes realizam visitas a empresas de variados sectores, separados em quatro grupos chefiados por secretários de Estado e administradores da APIEX.
A conferência conta com a participação de membros dos distintos órgãos do Executivo, instituições financeiras, investidores privados, potenciais e actuais exportadores, bem como de associações empresariais sediadas no país. Sob o lema “Exportar para diversificar a economia”, a conferência vai abordar “A importância da exportação enquanto meio de captação de recursos cambiais para o sistema financeiro, “A importância dos mercados internacionais”, “As políticas dos bancos africanos” e “A implementação do AGOA”, entre outros.
O administrador da APIEX precisou que o fórum pretende mobilizar os decisores, vincular a classe empresarial ao processo de exportação, promover o aumento das exportações e de investimento directo estrangeiro no país e contribuir para a competitividade das empresas nacionais, através da sua internacionalização.
Lopes Paulo revelou que a APIEX notou que o processo de exportação em Angola ainda apresenta constrangimentos quer de índole técnica, quer burocrática, citando como exemplo o facto de os contentores demorarem entre 20 e 50 dias para deixarem o país, até obterem uma autorização administrativa.
Uma das questões a ser debatida no encontro assenta na necessidade do incremento da produção nacional para substituir as importações e aumentar as exportações, captar divisas para o país e reduzir a pressão sobre o sector financeiro e as receitas do petróleo.
“Para atingir os objectivos preconizados, é importante que o sector privado participe activamente na produção, no comércio interno e externo e serviços”, disse.