Jornal de Angola

Grupo de países mais evoluídos

Governo destaca progressos na redução do défice habitacion­al e garante mais acesso à energia eléctrica e água potável

- KUMUÊNHO DA ROSA |

O Governo definiu como meta fazer com que até 2025 o país faça parte do Grupo de Países de Desenvolvi­mento Humano Elevado (GPIDE). Esse objectivo foi anunciado na segunda-feira pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, durante o discurso sobre o Estado da Nação, na cerimónia que marcou a abertura do 5º Ano Legislativ­o.

O Governo angolano definiu como meta fazer com que até 2025 o país faça parte do Grupo de Países de Desenvolvi­mento Humano Elevado (GPIDE). Esse objectivo foi anunciado na segunda-feira pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, durante o discurso sobre o Estado da Nação.

Na cerimónia que marcou a abertura do 5º Ano Legislativ­o da III Legislatur­a da Assembleia Nacional, o Chefe de Estado angolano garantiu que apesar do ambiente económico adverso, devido à queda acentuada das receitas petrolífer­as, o Governo vai continuar a ter o combate à pobreza na primeira linha de prioridade­s.

José Eduardo dos Santos disse que mesmo com o “ritmo positivo” em que se desenrola o combate à pobreza em Angola, o Governo espera reforçar as medidas que vão melhorar o rendimento per capita e a qualidade de vida dos angolanos.

“Adoptamos um Programa de Formação e Redistribu­ição do Rendimento de modo a criar condições que possibilit­em uma maior inclusão social”, disse o Presidente, que defendeu a utilização de forma “articulada e convergent­e” dos principais instrument­os de política de redistribu­ição do rendimento, como a política tributária e a despesa pública, de modo a garantir que seja “mais justa a repartição da riqueza e do rendimento e um nível de bemestar mais elevado”. O Presidente da República considerou a habitação uma “área decisiva” para o bem-estar das populações, e destacou os resultados satisfatór­ios do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação que entre 2013 e 2015, benefician­do de uma conjuntura orçamental mais favorável, permitiu que o Governo investisse fortemente na construção de novas cidades com resultados positivos na redução do défice habitacion­al. Na actual conjuntura económica e financeira, com a redução dos recursos orçamentai­s, referiu o Presidente, houve um impacto forte no programa habitacion­al, pelo que estão em curso “medidas activas de política” que vão permitir que os projectos em curso em várias províncias sejam concluídos. Sem especifica­r que medidas estão a ser tomadas, o Titular do Poder Executivo garantiu que está salvaguard­ada a continuida­de dos programas de auto-construção dirigida. Também relacionad­o com a atenção que o Governo tem dado ao bem-estar das populações, e tendo em atenção os propósitos em relação à melhoria do desempenho do país quanto ao Índice de Desenvolvi­mento Humano, o Presidente da República falou dos projectos estruturan­tes de investimen­to público, em que se inclui o aumento da capacidade de produção da Barragem de Cambambe, que passa a ter uma potência de 780 megawatts, e a de Laúca, a terminar no próximo ano, com uma potência de 2 mil e 67 ‘megawatts’. Junta-se a esses dois projectos, a construção da Central do Ciclo Combinado do Soyo, utilizando gás natural para gerar uma potência de 750 ‘megawatts’, que também entra para as contas a partir do próximo ano, dentro de um programa de desenvolvi­mento que aponta para que até 2025 Angola tenha capacidade de produção instalada de nove mil MegaWatts.

O Chefe de Estado salientou os sinais de cresciment­o do Índice de Desenvolvi­mento Humano dos angolanos, nos últimos anos, que está actualment­e acima da média dos países da África subsaarian­a. E num tom confiante, disse esperar por uma “transforma­ção da estrutura económica nacional”, tendo em conta o reflexo na vida das famílias angolanas do aumento da potência eléctrica, muito acima das necessidad­es internas, da produção de água potável e o melhoramen­to do sistema de Telecomuni­cações e Transporte­s.

Os países com um desenvolvi­mento humano relativame­nte alto, mas ainda com desafios a enfrentar, sobretudo a distribuiç­ão da renda em face da elevada produção económica, integram o GPIDE. Neste grupo, que Angola espera integrar até 2025, fazem parte alguns países considerad­os como desenvolvi­dos e muitos dos países considerad­os emergentes, com destaque para o Brasil e o México.

 ?? FRANCISCO BERNARDO ?? Um pormenor da abertura do novo Ano Legislativ­o durante o qual o Presidente da República dirigiu uma mensagem sobre o estado da Nação
FRANCISCO BERNARDO Um pormenor da abertura do novo Ano Legislativ­o durante o qual o Presidente da República dirigiu uma mensagem sobre o estado da Nação

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