Fiscais dos partidos no acompanhamento
O presidente da Comissão Provincial Eleitoral de Luanda, Manuel Pereira da Silva, apelou ontem à presença dos fiscais dos partidos políticos nos postos de registo eleitoral, no final de visitas de constatação às brigadas da Ingombota, Sambizanga e Rangel.
O presidente da Comissão Provincial Eleitoral de Luanda, Manuel Pereira da Silva, apelou ontem a presença dos fiscais dos partidos políticos nos postos de registo eleitoral. Manuel da Silva, que falava à imprensa no final de visitas de constatação às brigadas localizadas nos distritos urbanos da Ingombota, Sambizanga e Rangel, lembrou que partidos são parte do processo e devem acompanhar o desenrolar do mesmo, para saber quais são os constrangimentos.
O comissário eleitoral sustentou a sua afirmação com o que constatou nos postos visitados, onde foi registada a ausência de fiscais de alguns partidos políticos. Manuel da Silva apelou à liderança dos partidos no sentido de pressionarem os seus fiscais a fazerem-se presentes nas brigadas de registo eleitoral, para a fiscalização dos actos do processo. Nos postos visitados pelo presidente da Comissão Provincial Eleitoral de Luanda estavam presentes apenas fiscais do MPLA, da UNITA e da FNLA. “Todos os fiscais dos partidos políticos, com ou sem assento parlamentar, que foram credenciados, devem estar presentes nas brigadas de registo eleitoral”, disse.
A visita insere-se num vasto programa de supervisão que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) tem vindo a realizar, tendo em vista as eleições de 2017. Em Luanda, o programa inclui visitas dos comissários nacionais, integrados por quatro equipas, e comissários provinciais, divididos em sete equipas.
O presidente da Comissão Municipal Eleitoral de Luanda, Etelvino dos Santos, disse que a visita de supervisão será feita de forma permanente em todos os distritos urbanos que compreendem o município de Luanda. O trabalho de supervisão compreende a verificação do tratamento que está a ser dado aos eleitores e aos fiscais dos partidos políticos, bem como analisar o cumprimento das orientações do Ministério da Administração do Território. “O que pretendemos é verificar junto das brigadas de registo eleitoral se de facto há imparcialidade e tratamento igual a todos os membros”, disse.
Dados do Ministério da Administração do Território dão conta que a média diária de actualizações do registo eleitoral passou de 20 mil para 70 mil cidadãos em todo o país.
A cifra de eleitores prevista pelos órgãos reitores do processo que levará o país às quartas eleições, em 2017, é de 11 milhões, sendo nove milhões e meio dos que já votaram anteriormente e um milhão e 500 mil de novos eleitores.